Cruzeiro deu um passo em frente para tentar contratar o ponta-de-lança, mas recuou quando ouviu o preço definido pelas águias. Ainda assim, na Luz existe a expectativa de que o jogador irá mesmo sair
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Arthur Cabral está na lista de saída do plantel do Benfica para a nova temporada. Roger Schmidt não lhe colocou uma cruz à frente do nome, mas foi entendido pelo treinador e pelos responsáveis encarnados que o ataque teria de sofrer mudanças para tentar evitar que a falta de eficácia na hora da finalização voltasse a afetar o rendimento da equipa. O brasileiro, reforço para a época agora a terminar, não correspondeu às exigências táticas do técnico alemão, não conseguiu encaixar-se nas ideias de jogo e a sua venda é vista como essencial para financiar a vinda de outro camisola 9. O jogador está no mercado e, apesar de ter implicado um investimento inicial de 20 milhões de euros, a SAD até admite já uma venda em perda, a rondar os 15 milhões de euros.
Foi este o valor que foi apresentado aos dirigentes do Cruzeiro quando estes fizeram a primeira abordagem. Recusado de imediato o empréstimo, pelo menos nesta fase inicial do mercado, foi discutido o montante necessário para uma transferência. Segundo noticiou ontem o portal “Goal”, os encarnados pediram uma verba entre 15 e 20 milhões de euros para libertarem o ponta-de-lança de 26 anos, contratado à Fiorentina no início da temporada. De acordo com a mesma fonte, os responsáveis do clube de Belo Horizonte ficaram “assustados” com a exigência e, mesmo não tendo desistido totalmente, vão esperar mais algum tempo na expectativa de que, não havendo outro destino, possam fazer o negócio por valores mais baixos.
De qualquer forma, no momento atual e apesar de terem a expectativa de que a carreira feita pelo jogador, com bons números em Itália e na Suíça, possa atrair propostas mais volumosas, os encarnados admitem uma venda a partir dos 15 milhões de euros, menos cinco do que o preço de compra, embora com a inclusão sempre de direitos futuros, seja numa nova transferência seja com um encaixe por objetivos alcançados pelo dianteiro ou pelo emblema que assegure os seus serviços.
A venda de Arthur Cabral, como já noticiámos, está diretamente ligada à aquisição de outra “arma” para o seu posto. Os responsáveis da Luz têm já alvos definidos, como é o caso de Pavlidis, do AZ Alkmaar, e até desenvolveram já os primeiros contactos para terem na sua posse todos os elementos que permitam avançar rapidamente para uma negociação. Ou seja, estão a contar com a verba da transferência do brasileiro, ou pelo menos a garantia de saída, para fechar um novo ponta-de-lança.