Ex-treinador do emblema minhoto reconhece que ainda não percebeu a decisão do clube.
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Ricardo Sá Pinto, ex-treinador do Braga, onde foi substituído por Rúben Amorim no comando técnico, reconheceu este sábado, em entrevista ao Mundo Deportivo, que ainda não entendeu o despedimento do emblema minhoto.
"É uma decisão que ainda não entendi. Estava muito entusiasmado com o trabalho no Braga. Na Liga Europa batemos todos os recordes do clube, estivemos dez jogos sem perder, fomos a melhor equipa da fase de grupos. Chegámos às meias-finais da Taça da Liga, que acabaram por vencer, e é verdade que na Liga não estávamos no lugar em que queríamos, porque não é fácil jogar de três em três dias", começou por dizer ao diário desportivo espanhol.
"Acreditava que quando a equipa descansasse, poderia melhorar na Liga. Não pude terminar o trabalho e saí triste porque tinha a ambição e conseguir algo maior", continuou, para depois revelar que já teve propostas desde que abandonou o Braga.
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"Tive uma proposta do mercado europeu e outra do golfo pérsico, mas com este assunto [coronavírus] temos de esperar, porque é arriscado tomar decisões. A ideia é continuar nos bancos, porque adoro treinar e tive anos bons. Fui vice-campeão da Liga e campeão da Taça na Bélgica com o Standard Liège, em 2018, e apurámo-nos para a Champions. E na Polónia fui vice-campeão da Liga em 2019, com o Legia. Algum dia chegará o que mereço", continuou, antes de dar a sua opinião quanto aos prazos para terminar as Ligas.
"Acho difícil [que se possa terminar a temporada]. Penso que vão mudar o calendário e que se terminará muito mais tarde do que estava previsto, em junho ou julho. Antes não".