Benfica foi eliminado da Taça de Portugal pelo Rio Ave (3-2), em jogo dos oitavos de final, que obrigou a prolongamento, em Vila do Conde.
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No âmbito de uma iniciativa natalícia da Sport TV, as primeiras palavras de Rui Vitória, esta quarta-feira, imediatamente após a eliminação do Benfica pelo Rio Ave (3-2), nos oitavos de final da Taça de Portugal, não foram sobre o jogo que acabara de deixar o campeão nacional reduzido a duas frentes competitivas (campeonato e Taça da Liga), mas sobre "amizade". Foi um desafio do canal televisivo que transmitiu a partida e Rui Vitória acedeu sem hesitar. À "amizade" que lhe foi proposta juntou "solidariedade, compromisso", num conjunto de "palavras a utilizar de forma muito mais frequente", para lá das festas. Com uma cortesia à prova de derrota, só depois é que o treinador do Benfica abordou a noite de Vila do Conde, em que a "infelicidade" riscou o Benfica da Taça de Portugal. "Há justiça em relação a quem ganha, mas foi uma equipa do Benfica autoritária, e os golos foram demérito nosso", assumiu, e acrescentou ainda "uma dose de infelicidade" à história da eliminatória.
Mágoa: "Foi um belíssimo jogo de futebol. Fizemos 30 minutos muito fortes e já devíamos estar a ganhar, pois tivemos oportunidades. Acabámos por fazer um golo. Na segunda parte, e porque para haver golos é preciso erros, acabámos por cometer dois lapsos e o adversário aproveitou. Fomos à procura do empate, acabámos por ter o penálti, foi importante; acabámos por fazer a terceira substituição e a equipa ficou descaracterizada. Depois, tivemos o infortúnio do Luisão, ficámos com dez e fomos para prolongamento com a equipa toda descaracterizada. Fica uma mágoa grande, porque tivemos períodos muito bons e houve dois golos em que fomos infelizes. O penálti é crucial: parece que não acreditamos em bruxas, mas elas existem."
Esforço: "Houve que apelar ao sacrifício, à entrega, à dedicação e, quanto a isso, nada a dizer. Isto não serve de desculpa, porque na primeira parte, estávamos a ganhar 1-0 e poderíamos estar a ganhar por mais. Na segunda parte, em dois lances de infelicidade, acabámos por ter um desfecho que não é, na minha perspetiva, justo."
Reação: "É evidente que queríamos passar e fizemos tudo. Temos duas competições, fundamental é o campeonato. Vamos, até janeiro, refletir sobre o que fazer. Fundamental é olharmos para o processo e para aquilo que estamos a fazer: se somos nós a ganhar, o jogo seria o mesmo e teríamos merecido. Há que preparar o próximo jogo e seguir em frente. Os meus jogadores são campeões no verdadeiro sentido da palavra e temos de ir à procura da próxima vitória."