Manuel Machado, treinador que lançou o guarda-redes no Nacional da Madeira, explicou a forma como o jogador contratado ao Bétis aumentou o nível da equipa leonina a partir de janeiro
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Não é segredo para ninguém que a SAD leonina apostou na contratação de Rui Silva para contar com uma garantia de maior estabilidade entre os postes, algo que nem Franco Israel, há três épocas nos quadros do clube, nem Vladan Kovacevic, contratado no verão para assumir o posto, conseguiram oferecer na primeira metade da campanha do Sporting.
Dois meses depois da chegada do guardião internacional português a Alvalade, parece seguro dizer que Rui Silva foi uma aposta ganha, como atesta Manuel Machado, treinador que lançou o guarda-redes na equipa principal do Nacional, em declarações a O JOGO: “Em desportos coletivos, um elemento não faz tudo. No entanto, por aquilo que era o padrão de eficácia dos colegas que estiveram antes na baliza, julgo que, neste momento, se elevou a fasquia, o Sporting está mais consistente nessa posição. Está a dar um contributo positivo à equipa, para perseguir o objetivo do título nacional.”
O técnico português comparou o rendimento de Rui Silva com o de Antonio Adán, que foi o dono da baliza leonina durante três temporadas e meia: “Fora o erro frente ao Arouca, tenho visto respostas de muita qualidade, em relação ao padrão de eficácia de quem estava nessa posição, neste momento. Adán era uma guarda-redes de nível elevado, embora tenha tido algumas falhas. No mínimo, o Rui Silva tem um nível igual, ou até superior, ao do jogador que ocupou a baliza do Sporting nos anos anteriores, acho que é um acréscimo. Neste momento, o Sporting tem um guarda-redes ao nível daquele que os outros setores da equipa apresentam. Não será o mais forte, o Sporting tem um goleador de referência [Gyokeres], a linha ofensiva é a mais rica.”
Rui Silva assumiu, definitivamente, a titularidade na baliza dos leões, somando 12 jogos desde que chegou, em janeiro, e, a julgar pelos desempenhos de leão ao peito, deverá manter-se no lugar no futuro próximo.
LaLiga ajudou ao crescimento
A passagem de Rui Silva pelo futebol espanhol, primeiro no Granada (entre 2017/18 e 2020/21), e, depois, no Bétis (desde 2021/22 até janeiro deste ano) terá sido determinante para o seu desenvolvimento, de acordo com o treinador Manuel Machado: “O Bétis é um clube com outros objetivos, em Espanha. No confronto entre o Bétis e o V. Guimarães, ambos sextos classificados dos respetivos campeonatos, a diferença de nível foi visível. A liga espanhola é muito competitiva, o facto de o Rui ter estado num clube que joga para o primeiro terço da classificação acrescentou e consolidou a sua evolução”.