Treinador do Penafiel quer que a equipa se abstraia da pressão do fundo da tabela, diante de um adversário directo na luta pela permanência e que também vem de uma série de três derrotas consecutivas
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Rui Quinta, treinador do Penafiel, declarou este sábado, em conferência de imprensa, que quer ver uma "equipa com argumentos e soluções" no encontro de amanhã frente ao Boavista, relativo à décima jornada da I Liga.
Confrontado com o facto de ir atuar num relvado sintético que, aliado ao mau tempo, pode trazer problemas acrescidos aos jogadores, o treinador penafidelense frisou a obrigatoriedade de a equipa arranjar forma de contornar possíveis obstáculos.
"Só amanhã [domingo] é que poderemos ver como é que o piso vai funcionar com chuva. Mas nada nos pode servir de desculpa. Temos de ser uma equipa com argumentos e de soluções e é essa mentalidade que estamos aqui a construir", sublinhou.
O encontro entre boavisteiros e durienses vai pôr frente a frente equipas que vêm de três derrotas consecutivas para a Liga, e que lutam para sobreviver no fundo da tabela, mas Rui Quinta recusa a ideia de que estes fatores se possam traduzir em pressão adicional.
"Se valorizarmos a posição que ocupamos na tabela, o rendimento não vai ser o que desejamos. Estamos focados na capacidade de realizar, naquilo que vamos fazer, nas ideias que temos, no jogo que queremos fazer perante um bom adversário, que tem qualidade. Não vamos estar a olhar para aspetos colaterais que nos podem inferiorizar", defendeu. Isto, apesar de reconhecer que o conjunto axadrezado é "uma equipa muito competitiva, que disputa cada lance com extremo entusiasmo e com vontade de sair sempre vitoriosa e joga um futebol virado para a baliza".
Quanto aos dois golos de bola parada sofridos no último jogo, diante do Estoril, que ditaram uma derrota do Penafiel por 2-1, o treinador argumentou que não justificaram mudanças na forma de trabalhar, preferindo atribuir os méritos ao adversário: "Treinamos sempre essas situações e há momentos em que temos que tirar o chapéu a quem está do outro lado. A nós compete-nos crescer para, eventualmente, noutras situações parecidas, podermos ter um desfecho diferente. É isso que fazemos durante a semana".