Rui Patrício aponta à saída no final da época, mas nunca em conflito com o Sporting. Nápoles continua atento.
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Quando a época 2017/18 terminar, Rui Patrício terá 30 anos e estará, muito provavelmente, às portas de mais uma grande competição de seleções - o Mundial da Rússia - a defender os interesses da Seleção Nacional. Antes, sabe O JOGO, já deverá ter comunicado ao Sporting... os seus. O camisola 1, capitão dos leões e terceiro futebolista com mais jogos disputados na história do clube, sente que Alvalade é a sua casa, mas que precisa de um novo desafio na carreira: quer, na próxima época, experimentar pela primeira vez uma liga que não a portuguesa, num clube com expressão nacional e na Europa, mas nunca passando por cima dos interesses do Sporting.
Sabendo precisamente tudo o que significa para a instituição, o internacional português vai querer ver correspondida a sua vontade, mas apenas se as condições forem também favoráveis aos leões. Com contrato até 2022 e uma cláusula de rescisão fixada nos 45 milhões, é o próprio Patrício que, aconselhado a sentir o pulso ao mercado, vai tentar que os verdes e brancos sejam ressarcidos numa verba próxima de metade da sua cláusula, ou seja, superior a 20 milhões. Até ao momento, tudo isto não passa de uma intenção do guardião, noticiada pelo nosso jornal, apesar de no encalce do futebolista estarem vários clubes - e há muito tempo. O Nápoles, por exemplo, continua a seguir com atenção a situação de Patrício: atualmente na liderança do campeonato italiano e a crescer a olhos vistos nas provas da UEFA, a formação comandada por Maurizio Sarri sabe que no final da época deixará de contar com o espanhol Pepe Reina, guarda-redes de 35 anos que termina contrato com os azzurri e que já não deverá prolongar o seu vínculo.
Guarda-redes não quer terminar a carreira sem experimentar outra liga, mas não irá sobrepor os seus interesses aos do Sporting
Compromisso máximo
Para já, Patrício mantém-se tranquilo: sabe da importância que 2017/18 tem para o Sporting, é um dos líderes da equipa e um dos futebolistas com maior experiência no plantel. Com a equipa na liderança (partilhada) do campeonato, nos quartos de final da Taça de Portugal, perto das "meias" da Taça da Liga e nos "16 avos" da Liga Europa, o camisola 1 sabe que questões de mercado são assunto proibido até final do ano desportivo a nível de clubes, querendo ser um exemplo para quem está a lutar por um objetivo que foge há quase 16 anos: o título de campeão nacional português. É com esse galardão - o que lhe falta em Alvalade - que quer terminar o seu ciclo no Sporting, onde começou jovem, a errar, mas onde também se tornou rapidamente um ídolo. Ganhou estatuto na baliza da Seleção Nacional, que há pouco mais de um ano lhe permitiu ser campeão europeu a nível de seleções.
A carga emocional é grande, a ligação afetiva também, mas neste caso, a carreira parece falar mais alto: aos 30 anos, está no pico no que diz respeito a guarda-redes e muito a tempo de poder brilhar a outro nível, noutro campeonato.