O candidato da Lista E quer uniformizar e profissionalizar esta política
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Rui Jorge Rego, candidato à presidência do Sporting, anunciou um plano de 15 pontos para reformular a política de comunicação, por entender que este fator é um dos que mais tem "debilitado o clube".
O líder da Lista E defende uma comunicação "a uma só voz" e assente no trabalho de profissionais. "A política de comunicação não é uma brincadeira, nem pode estar dependente de estados de espírito", pode ler-se no documento divulgado pela candidatura "Sporting, Projeto e Futuro".
Para Rui Rego, o presidente "não é a estrela da companhia" e deverá ser "muito criterioso nas suas intervenções".
Conheça na íntegra os 15 princípios defendidos pelo candidato para a comunicação do Sporting:
"1 - O Sporting vai falar, em termos institucionais, a uma só voz. A Comunicação depende diretamente do Presidente, coadjuvado pelo vice-presidente responsável pela área, e é transversal a toda a realidade do clube e da SAD, sendo conduzida por uma Direção de Comunicação altamente profissionalizada, com uma equipa dedicada exclusivamente ao futebol profissional e outra às modalidades.
2 - O presidente não é a "estrela da companhia". Esse papel é reservado aos atletas e técnicos. O presidente será muito criterioso nas suas intervenções e fala publicamente sobretudo em entrevistas de fundo e sobre temas estruturantes, ou em situações de "crise".
3 - A Comunicação tem de estar onde as pessoas estão. Além da relação com os Media tradicionais, a aposta nas redes sociais e nos canais digitais deve ser aprofundada e dotada para a sua execução com uma equipa altamente profissionalizada e com ferramentas adequadas.
4 - A Comunicação do Sporting será feita à escala global, contribuindo para o objetivo da internacionalização e de forma a promover a expansão da marca e o aumento da receita.
5 - A Comunicação com os Núcleos deve ser melhorada e estreitada, com a criação de uma newsletter digital semanal a eles especialmente dedicada, com conteúdos exclusivos.
6 - Será também melhorada a newsletter semanal para os sócios e adeptos, com conteúdos exclusivos.
7 - A programação da Sporting TV deve ser melhorada. O canal de televisão oficial do clube terá acesso privilegiado aos atletas e técnicos e privilegiará o protagonismo destes intervenientes.
8 - O Sporting Clube de Portugal contribuirá na sua Comunicação oficial para a valorização da indústria do futebol e dos outros espetáculos e competições desportivas em que compete, com espírito de desportivismo e respeito pelos adversários.
9 - A dimensão da glória não pode ser afirmada contra ninguém, nem em referência aos nossos principais rivais. A Glória do Sporting é comunicada com foco exclusivo na grandiosidade do clube, em tributo aos adeptos mais dedicados e apaixonados do mundo, à história centenária do Sporting e em cumprimento e afirmação da verdade competitiva e da ética no desporto.
10 - A Comunicação oficial do Sporting Clube de Portugal assenta nos valores do clube e rege-se pela afirmação, defesa e prática dos princípios e normas que derivam dos Estatutos, da Lei geral da República Portuguesa e dos princípios do Estado de Direito Democrático.
11 - O Sporting pugna pela integridade das competições e pela verdade desportiva, procura as vitórias com base nesses valores e denunciará e combaterá intransigentemente todos os que procurem subvertê-los, recorrendo a tráfico de influências, à batota e à corrupção, para mais facilmente atingirem os seus objetivos desportivos.
12 - A Comunicação do Sporting acompanhará com a máxima atenção todos as investigações e processos relativos ao desporto em curso e comentará os desenvolvimentos sempre que necessário.
13 - O Sporting pugna por uma comunicação social que cumpra os seus deveres essenciais de imparcialidade e isenção, conferindo igual tratamento aos diversos atores do fenómeno desportivo, no estrito respeito da deontologia jornalística. Uma comunicação social independente de interesses de grupos de pressão, livre e atuante, é essencial à promoção e valorização da indústria do futebol. A comunicação social não deve ser a primeira a contribuir, em nome de audiências, para a propagação do radicalismo clubístico, para os discursos de ódio e para a transmissão de recados e de cartilhas.
14 - O papel central, no desporto, tem de voltar a ser concedido aos atletas e técnicos e ao próprio espetáculo desportivo. Dirigentes, diretores de comunicação e comentadores afetos a clubes devem dar lugar a quem fale do jogo e dos atletas, valorizando-os.
15 - O Sporting denunciará sempre a violência, o vandalismo, a criminalidade, a ideologia, o racismo ou xenofobia, que não têm lugar no desporto."