Rui Gomes da Silva explica porque não votou na AG do Benfica: "Compreenderão..."
Candidato à presidência do Benfica não votou o relatório e contas e falou sobre o voto eletrónico.
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Porque não votou? "Não votei como prova da minha coerência em relação a dúvidas que tenho sobre o voto eletrónico. O voto eletrónico não me garante nenhuma fiabilidade, nenhuma credibilidade. Depois de nós termos comunicado com a Comissão Nacional de Eleições e depois de a Comissão Nacional de Eleições nos ter dito que não havia qualquer verificação do sistema de voto eletrónico do Benfica, entendemos que o sistema não tem condições de ser aprovado e utilizado numas eleições tão importantes como vão ser as do Benfica. Para além da confirmação do voto eletrónico, ou seja, se quiserem usar o voto eletrónico, usaremos, mas que para além disso haja uma recontagem do voto físico".
Desafio: "Deixo aqui o desafio, quer à MAG quer aos outros candidatos, quaisquer que sejam e venham em que lugar vierem nas listas, que além do voto eletrónico e do voto físico, que todas as listas se comprometam a não tomar posse enquanto não houver a confirmação do voto eletrónico. Senão estaremos a defraudar as expectativas. Por uma razão muito simples, porque no mesmo dia em que sejam anunciados os votos eletrónicos vão começar a ladainha dos interesses do Benfica, de que no dia seguinte há jogo, que agora não é preciso haver recontagem e que deu uma maioria clara, ou uma maioria por um voto ou o que seja. Aquilo que peço é esse compromisso. De todas as listas, se quiserem entrar neste jogo de forma séria, responsável, de forma a que os interesses do Benfica não sejam defraudados, que aceitem esperar pela confirmação do voto físico para nós todos entendamos que desta vez o voto eletrónico correspondia ao voto físico".
Interesses pessoais: "Portanto, compreenderão que não ia entrar num voto eletrónico no qual não tenho nenhumas razões para acreditar. Talvez haja bom senso, talvez as pessoas entendam que o interesse do Benfica está acima dos interesses de cada uma das pessoas envolvidas e que pela primeira vez os interesses do Benfica sejam postos à frente desses mesmo interesses pessoais".