Rui Fontes aponta vários culpados pela despromoção. Dirigente máximo dos verde-rubros culpa causas "antigas e recentes", recordando Carlos Pereira e João Luís na SAD. Lembrou que com José Gomes foram somados 20 pontos. Apenas seis com Vasco Seabra e João Henriques.
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No programa Marítimo na TSF, o presidente do Marítimo, Rui Fontes, fez questão de apresentar várias razões que, na sua opinião, estiveram na origem da despromoção do clube madeirense à II Liga, 38 anos depois. O dirigente máximo dos verde-rubros defendeu que existem causas "antigas e recentes" para o resultado que se veio a verificar. "Nos últimos cinco anos a melhor classificação do Marítimo aconteceu no ano passado. Desde 2018/2019 que o Marítimo ficou sempre abaixo do 10.º lugar", lembrou.
Em seguida, apontou a falta de modernização do clube, apontando à gestão do anterior presidente, Carlos Pereira. "Durante o início deste século, o Marítimo não se estruturou e modernizou de acordo com o futebol de hoje em dia. O Marítimo durante muito tempo não se modernizou no funcionamento, gestão e organização".
Rui Fontes lembrou que quando chegou ao Marítimo o clube teve de fazer três jogos na Choupana por falta de relva no Caldeirão, por "uma teimosia".
Depois, apontou o dedo à forma como a anterior SAD do futebol verde-rubro geriu vários dossiês. "Esta época houve um deficiente planeamento. Foram reunidas todas as condições para que o Marítimo fosse um candidato à descida. Fizemos 20 pontos com o José Gomes e seis pontos na primeira volta. Depois tivemos 10 jogadores lesionados, o que é impensável".
Porém não se escapuliu às suas responsabilidades. "Cometemos erros em todo o processo. Sentimos que aconteceram situações incontroláveis e que nos impediram de somar mais pontos. Estávamos a ganhar por 2-0 com o Famalicão e aconteceram coisas inesperadas e com o Vitória no Funchal. Não posso falar sobre isso porque já fui castigado".
Sobre a extinção da equipa sub-23, lembrou que quando Tiago Lenho chegou ao clube este tinha 84 jogadores profissionais. "O objetivo é ter entre 50 a 55. Redução de custos, melhor aproveitamento das estruturas existentes, tanto humanas como físicas. Temos de ter tantos jogadores quanto as nossas instalações permitem".
Já sobre a contratação de Tulipa, justificou-a desta forma. "Tínhamos diversos nomes em cima da mesa, preferimos um treinador que foi nosso jogador, que já treinou as nossas equipas, que conhece a Madeira e conhece o Marítimo. O Tulipa entrou no Vizela onde substituiu um treinador carismático. No Vizela, realizou um trabalho positivo e conseguiu a melhor classificação do Vizela".
Finalmente, terminou a assumir que irá manter todos os funcionários. "São os profissionais mais fiéis que temos no clube. Os jogadores e treinadores já partiram para outras paragens e já esqueceram".
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