Declarações após o jogo Lusitano de Évora–Académico de Viseu (1-1 após prolongamento, 3-2 nas grandes penalidades) da segunda eliminatória da Taça de Portugal
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Pedro Russiano (Treinador do Lusitano de Évora): “Eles fizeram uma entrada muito forte e nós já estávamos precavidos. Está no ADN desta equipa e do mister Rui. Tivemos sorte. É preciso ter sorte também. Conseguimos manter o ‘nulo’ durante 15 minutos iniciais, que era importante e depois a seguir acho que equilibramos o jogo e tivemos também as nossas oportunidades.
Chegámos ao golo numa bola parada. Eu disse aos meus jogadores para acreditarem em todas as bolas paradas, porque, enquanto estivesse 0-0, isso iria fazer tremer a equipa adversária.
Depois, senti que, a seguir à lesão do Dida, a equipa se desconcentrou um bocadinho e eles começaram a forçar e também numa bola parada, com ressaltos, passa por baixo das pernas do nosso guarda-redes e eles igualaram.
Na segunda parte, fizemos alguns ajustes principalmente no lado direito porque já sabia que eles iriam meter um dos melhores jogadores da II Liga, o Ott, fez-nos baixar um bocadinho o corredor e mantive sempre o Davou a baixar e manter uma linha de três no último terço.
Conseguimos fazer aquilo em que somos muito fortes que é defender. Isso diz-nos pelos golos que temos sofrido. Mas senti que a equipa baixou muito sobretudo no meio-campo mas os que entraram na segunda parte e no prolongamento conseguiram subir um bocadinho mais as linhas e mantivemos isto para os penáltis.
Nos penáltis, sorriu a nós e merecemos”.
Rui Ferreira (Treinador do Académico de Viseu): “Um jogo difícil, num terreno difícil contra a uma boa equipa, mas com a obrigação que tínhamos de vencer na minha opinião. É verdade que fizemos um jogo competente do princípio ao fim e pecou pela finalização. Tivemos oportunidades para fazer golos, mais do que suficiente, não sei ao certo quantas mas foram muitas. E uma equipa que não marca, está sujeita a perder.
Tivemos sempre o controlo e domínio do jogo, a equipa foi briosa, teve uma grande atitude de querer ganhar, mas quando não marcamos estamos sujeitos a sofrer e, neste caso, a ser eliminados. Fomos incompetentes nos penáltis, mas acho que fizemos um jogo competente, tirando a finalidade, que foi a nossa grande dificuldade.
Quero dar os parabéns ao Lusitano, seja feliz, faça um bom campeonato, e nós vamos refletir sobre esta eliminatória, mas não deixei de apreciar a atitude dos meus jogadores e o comportamento da ambição para poder vencer esta eliminatória. Não fomos capazes, meramente, não quero dizer infelicidade, mas pela incompetência na finalização”.