Declarações de Rui Duarte, treinador do Braga, na antevisão do jogo de sábado (20h30), contra o Estoril
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Luta pelo terceiro lugar: “Temos de fazer muito mais do que fizemos no último jogo, sobretudo pelo que fizemos na primeira parte. Temos de mostrar outra atitude e outro tipo de mentalidade. Temos de mostrar que queremos chegar ao terceiro lugar. Esta semana serviu para perceber o que não correu bem contra o Arouca, enfrentando os problemas de frente. A parte positiva é essa, sabermos o que estava mal. Tivemos uma semana limpa para melhorar e potenciar aquilo que estávamos a fazer bem, porque não foi tudo mau.”
Alerta amarelo: “O Estoril é uma boa equipa, que tem feito bons jogos e boas exibições. É uma equipa que gosta de jogar, muito bem trabalhada e com jogadores de qualidade. É uma equipa de ataque posicional e que gosta de ter a bola. Temos de ser muito fortes para ultrapassar o Estoril.”
Semana para dizer as verdades: “Esta semana serviu para perceber algumas coisas e para ter algumas conversas com o grupo, algumas delas individuais. A qualidade existe e identificámos uma ou outra coisa que podemos melhorar. Sinto-me confiante, porque acredito muito no meu trabalho e acredito nos jogadores. Eles têm uma qualidade incrível. Estou confiante. Esta semana serviu para dizer as verdades e falarmos abertamente. Muitos destes problemas não são novos. Não quero estar a desculpar-me, mas são problemas que vêm do passado. A equipa ganhava e isso é o sinal mais positivo que uma equipa pode ter, mas todos os treinadores são diferentes e não quis mudar tudo abruptamente, longe disso, e repeti o onze que tinha feito um bom resultado e uma exibição q.b, em Portimão. Quis dar consistência ao que estava a ser feito. Agora, com uma semana limpa e mais tempo para trabalhar, perceber o que encaixa com o quê. Podemos trabalhar muito bem, ter ideias claras, estarmos confiantes, mas o resultado final é que conta. Vamos lutar pela vitória, seguindo princípios mais sólidos e com uma identidade mais sólida. Essa é uma resposta que o grupo tem de dar, porque, naquela primeira parte contra o Arouca, ficámos todos a pensar que aquilo não somos nós.”
Paulo Oliveira e Borja recuperaram: “É muito bom ter todos os jogadores disponíveis. São boas dores de cabeça e todos contam. O Paulo [Oliveira] está a regressar, o Ricardo [Horta] também e fez uma semana muito boa a nível físico, depois, o resto, ele tem...”
Braga dá tudo aos jogadores: “O grupo é bom, mas se queremos lutar por algo mais, temos de ter valores muito fortes como equipa. O Arouca é tem essa identidade como equipa, todos correm para o mesmo lado e são muito fortes naquilo que é o compromisso e a defender. O Arouca joga bem, mas não é só com bola, é também a vertente defensiva. Nesse aspeto, temos margem para melhorar. O Braga é um grupo muito grande, tem umas condições incríveis e dá tudo aos jogadores. Temos de mostrar aos nosso s adeptos que estamos sempre a lutar pelos três pontos. Não chega dizer da boca, temos de fazer e temos de mostrar em cada jogo que estamos determinados a ganhar.”
Muitos golos sofridos: “A equipa sofre muitos golos, As equipas que são campeãs e que lutam pelos títulos sofrem poucos golos, são mais sólidas e mais consistentes. Este compromisso defensivo tem de ser igual ao compromisso com bola. Esses é que são os valores de uma equipa. Isto não se muda em três ou quatro dias, porque isto não é ligar ou desligar o interruptor. Esta semana estamos mais próximos daquilo que queremos e estou confiante numa boa abordagem ao jogo. Acredito que a equipa vai estar mais sólida, porque, no resto, ela tem. Já analisámos os golos que sofremos e já mostrámos à equipa. Não podemos sofrer este tipo de golos, ou é o posicionamento, a cobertura que não existiu ou falta de processo. Cada treinador tem a sua ideia de ver o jogo e eu tenho a minha, e acredito que estamos próximos de ganhar mais mais vezes, apesar de termos perdido o último jogo por 3-0. A transição defensiva tem de ser melhor preparada, porque a equipa tem de estar equilibrada.”
Várias duplas de centrais: “Estas relações entre os dois centrais tem de ser quase como um só, tem de haver uma conexão muito grande entre os dois. Se tem havido tantas mexidas nas duplas de centrais, isso tira consistência e o processo demora mais tempo. Mas não me quero só agarrar aos dois centrais. Todos têm de defender, a começar pelos avançados, e todos têm de saber o que tem de fazer. Podemos pressionar alto, estamos num bloco intermédio, mas basta o primeiro da frente falhar a pressão e quem está atrás vai passar por mais dificuldades.”
Mudança de sistema: “O sistema tem muito que se lhe diga, depende da forma como pressionamos à frente, com dois ou com, até mesmo com três. Posso estar com o 4x3x3, só com o ponta-de-lança na frente e os dois extremos estarem perto dos dois médios. Ou posso fazer “crescer” um dos médios interiores e ficar em 4x4x2, Tem muito a ver com as dinâmicas. Preparámos o jogo numa base que, acredito, vai levar-nos ao sucesso.”