Rui Costa, em entrevista à BTV, fala das movimentações de mercado do Benfica na janela de transferências de verão em 2024.
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Saída de Morato para Inglaterra: "O caso de Morato é um pouco semelhante ao de Marcos [Leonardo]. É um jogador formado por nós, que nos deu muito. No ano passado, até foi muitas vezes sacrificado jogando numa posição que não era a sua, e cumpriu com máxima abnegação. Temos de fazer contas. Pode parecer que estamos aqui só para vender, mas as saídas não acontecem sem razão. Com a continuidade de Otamendi, a afirmação clara de António Silva e a ascensão de Tomás Araújo, arriscávamos ter Morato como quarto central, o que o deixaria mais na bancada do que no banco. Se é verdade que, há dois anos, ele tinha uma projeção diferente, os jogadores só mantêm projeção se jogarem. Entendemos que não deveríamos desvalorizar o ativo, nem prejudicar a carreira do jogador, mantendo-o como quarto central, já que teria muito menos minutos na época. Optámos, portanto, por deixar que ele prosseguisse a sua carreira e evolução. Daí a saída de Morato, ficando o plantel com os três centrais já referidos e promovendo mais um central da formação, como aconteceu com António, Tomás e o próprio Morato."
A saída de João Mário: "Começando pelo João, foi um dos jogadores e homens mais extraordinários que conheci enquanto profissional de futebol. Deu-nos muito, foi influentíssimo no ano do título, mas, como todos assistiram, houve um elo de ligação que se partiu. Nós, como clube e jogador, aceitámos que era melhor seguirmos caminhos diferentes. No entanto, não deixo de agradecer tudo o que fez pelo Benfica e desejar-lhe maior felicidade nesta nova aventura. Como foi bem visível, houve algo que se quebrou pelo meio, e entendemos que era melhor para ambas as partes."
As saídas de Paulo Bernardo e Jan Jevzenak: "Em relação ao Paulo e ao Jak, dois jovens jogadores, foram feitas operações unicamente para que pudessem prosseguir as suas carreiras. O Paulo, à semelhança do que fizemos com o João, curiosamente com o mesmo clube, deixou uma percentagem de mais-valia futura. A operação foi mais baixa do que a do Jota, mas muito semelhante em termos de operação. Uma vez que os jogadores não estão a ser utilizados pelo Benfica, não podemos prender os jogadores e devemos deixá-los prosseguir as suas carreiras."