Rui Costa aborda saída de Rafa e eleições no Benfica: "Os sócios podem estar aliviados"
Rui Costa, presidente do Benfica, fez o balanço da temporada 2023/24 das águias, abordando diversos temas. O dirigente esteve à conversa com vários diretores de órgãos de comunicação social
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Tenciona recandidatar-se? Olha para Roger Schmidt como o Sporting olha para Rúben Amorim? Tem condições para ser o seu Rúben Amorim? "Não quero que seja o meu Rúben Amorim, quero que seja o treinador do Benfica de sucesso, não é ser o meu treinador, eu não sou o clube, sou o presidente, e tenho de tomar decisões que considero serem as melhores. Posso estar errado e tomarei decisões erradas. As eleições são o que menos me preocupa. Ponto 1, as eleições são em outubro de 2025. Ponto 2, estarei na cadeira até considerar que posso ajudar o clube e não agarrado à cadeira à qual nunca me agarrei. Serei sempre o primeiro se não conseguir ajudar o clube... a única coisa é que a pessoa que se sente a seguir seja a melhor para levar o clube a festejar. E festejarei. Ainda há muito a fazer. Só levantarei a mão se considerar que não conseguirei ajudar o clube. Os sócios podem estar aliviados, não estou preso a nada aqui dentro a não ser o amor pelo clube."
Manter Rafa foi um objetivo? "Sim, era. Claramente. Fizemos tudo o possível para manter, como Grimaldo. Jogadores de rendimento e peso altíssimo, seria descabido se não tivéssemos feito tudo para manter os dois. Agora, o nosso máximo respeitamos que possa não ser o suficiente para idade, altura e disposição deles e da carreira para procurarem outras soluções, com mais ou menos dinheiro, para cada jogador decidir. Se o tudo não é suficiente o que podemos fazer é respeitar e agradecer. No ano passado havia decisão do Rafa se ficava ou não. Acabámos por não continuar, respeitando o que deu ao Benfica e que neste momento foi mais importante. Desejar as maiores felicidades."
Benfica tem capacidade para retenção de talento, o que está a ser feito? "Felizmente no espaço onde estamos temos criado do melhor talento que Portugal tem visto nos últimos anos. António Silva e João Neves são exemplo disso, atrás deles virão mais. Sabemos da qualidade Benfica Campus. Em relação a João e António, tem-se falado muito, mas até hoje nada de concreto para que haja preocupação. O mercado ainda não começou a mexer. Não é o Benfica que tem de vender jogadores, é qualquer clube português que tem de vender. Não há nenhum clube português que possa sobreviver sem vendas. O que pretendemos é encaixar o máximo possível financeiramente para que saiam o mínimo possível de jogadores. Assim irei continuar. Tudo faremos para não incumprir com fair-play financeiro, não irei colocar o clube em risco. Não sou louco, investi 100 milhões de euros, mas não sou louco para que o próximo que vier que feche a porta. Jamais farei isso ao meu clube. Vender sim, porque é necessário, mas sempre o mínimo possível. O suficiente para enfrentar a época, sem correr riscos de exercício e sem incumprir o fair-play financeiro."