Rui Borges: "Pedro Gonçalves? Não é só ele. Ver o Trincão, aos 90 minutos..."

Análise: “É um jogo com uma história simples. Nós quisemos pegar no jogo desde o início. O Nacional tem três lances de perigo. O do golo, que é uma bola parada, a acabar a primeira parte uma bola parada e na segunda parte, uma bola parada. São os três lances de perigo na nossa baliza. Dois cantos e um livre. Podia estar a ganhar 2-0 ao intervalo. É um jogo simples. Nós tomámos conta do jogo. Na primeira parte acho que alguns jogadores sentiram o que é jogar aqui. Quando tinham uma ou duas ações de alta intensidade depois para recuperar levavam tempo. Estávamos muito reativos e não proativos. Faltou-nos essa proatividade uns com os outros, apesar de temos bola e criarmos situações de finalização. Nunca desistimos e ao intervalo foi isso que pedi. Mais rigor e acerto nas bolas paradas. Estava a sair-nos caro. Na segunda parte tínhamos de ter calma, fazer a bola andar mais na largura. Na primeira parte estávamos a pausar muito a bola. Equipa demasiado alta a tentar encurtar-nos o espaço interior. Tínhamos de picar mais a profundidade. O Nacional estava demasiado alto e curto para nos encurtar o espaço. Na segunda parte melhorámos nisso. Mais pacientes, fazer a bola andar a rigor e mais dinâmicos nos corredores, o Nacional com menos um homem. Com naturalidade, com a qualidade individual de todos eles a equipa começou a ganhar confiança, a entrar naquilo que são bons, naquele jogo associativo que temos muito bom.”

Ter um Pedro Gonçalves, como ajuda? “Não é só o Pedro. É o Pote, é o Trincão. Ver o Trincão, aos 90 minutos, a fazer transições defensivas mais forte do que qualquer defesa… É o espírito da equipa, é fenomenal. A equipa está muito ligada. A malta que entrou, entrou muito bem. O Vagiannidis entrou muito bem, aumentou a dinâmica que estávamos a ter na direita. O Quenda entrou numa posição diferente, na esquerda, queríamos precaver-nos um bocadinho do amarelo do Mangas. Mesmo o Harder entrou muito bem. Fez golo, feliz nesse sentido. O Georgi entrou mais cedo por infelicidade do Morita, mas está ligado na dinâmica. Feliz com toda a equipa, pelo Pote também pelo momento pessoal, das filhotas, é muito bom vê-lo feliz.”