Declarações de Rui Borges após o Sporting-Benfica (1-0), dérbi relativo à 16.ª jornada da I Liga
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Impacto da vitória: “Impacto é passar confiança aos jogadores. Têm de sentir que são muito bons e por isso foram campeões. O primeiro lugar dá essa confiança. O acreditar aumenta, mas não podemos baixar os braços. Isto vai ser uma luta até ao final, vão agarrar-se ao que são. Para mim é difícil dizer o que fiz com eles. Fui normal, fui eu próprio, tentei passar confiança ao máximo e perceber algumas coisas. Falando com eles. Ajustámos aqui e ali, porque em termos de sistema, defendemos em 4-4-2, o Rúben já defendia assim em alguns momentos do jogo. Ofensivamente mudámos, mas o sistema é só o começo”.
Saída de Eduardo Quaresma: "Foi desgaste, com cãibras, fez grande jogo até sair. Fresneda entrou muito bem, ligado à equipa. A malta entrou com espírito competitivo grande. O Maxi, o Simões, o Harder... O Morita foi gestão, veio de uma lesão, não podíamos perder novamente. O Simões tem dado boa resposta, seja em três dias comigo, seja noutros jogos com o míster anterior. Deram resposta muito boa."
Atitude competitiva: "As minhas equipas têm tido qualidade, mas acima de tudo são muito competitivas. Não vamos fugir a isso. O Sporting é alma, temos de ter esta atitude do início ao fim. Com atitude, os adeptos vão estar connosco sempre. Se a energia for esta, seremos muito felizes, sem dúvida."
Surpreendeu Lage taticamente? "Penso que não surpreendemos a nível tático, quem surpreendeu foram os jogadores com o ritmo competitivo que empregaram na primeira parte. Stress? Nenhum. Sentia a equipa confortável, apesar de o Benfica nos ter empurrado um pouco para trás. Não era caso para meter linha de cinco. Podia meter o Matheus Reis para dentro e o Maxi mais baixo, mas isso seria empurrar ainda mais a equipa para trás. Com calma e qualidade, podíamos fazer o 2-0, como podia ter acontecido duas ou três vezes. Eles estavam a expor-se demasiado, a equipa estava com espírito enorme. Tirei o Trincão e meti o Harder, jogámos com dois avançados... Podia sofrer golo e estava aqui a dizer o mesmo. Sentia a equipa confortável, desgastada, mas com espírito competitivo acima da média."
Choque emocional pós-Amorim: "Não olho para as coisas dessa forma. Olho para o que posso controlar. Sinto a equipa bem, independentemente do choque que possa ter havido. A empatia com o Rúben era diferenciada, acredito num impacto inicial grande, mas é passado. Agora há nova liderança, nova forma de pensar, de trabalhar. Sentir se estão recetivos a isso e estão bastante. É isso que me orienta."