Rui Borges lamentou erros cometidos e admitiu que abdicava da pausa competitiva para dar uma resposta perante o último resultado para o campeonato. Técnico vitoriano garantiu que as duas grandes penalidades sofridas diante dos axadrezados tiveram “reflexão imediata”. Paços de Ferreira é visto como uma equipa da I Liga.
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Sem margem de erro: o Vitória de Guimarães regressa à competição na ressaca de um doloroso empate diante do Boavista, resultado que Rui Borges admitiu ter marcado a equipa, mas prometeu um plantel pronto e concentrado. “O Boavista foi feliz pela forma como chegou à igualdade, marcando golos em dois lances muito específicos, sem terem criado perigo. Pusemo-nos a jeito. Decaímos um bocadinho em termos físicos, mas não serve de desculpa. Se calhar, o treinador também não tomou as melhores opções nas substituições. No fim é fácil dizermos que fazíamos isto ou aquilo. Tento ser equilibrado, mas os jogadores também falham. Aconteceu um pouco de tudo. Custou muito, mexeu connosco e agora temos de seguir. Há que aprender com os erros”, vincou.
O treinador dos conquistadores espera um Paços de Ferreira “confiante” depois de duas vitórias e considera o adversário uma equipa de I Liga. “Pausa? Sinceramente, preferia ter continuado a jogar. É um sentimento comum a todos, entre treinadores e jogadores. Eles querem dar uma resposta e temos a motivação de querer chegar o mais longe possível na Taça [de Portugal]. Estão motivados e concentrados, sabendo que o rigor tem de aumentar. O Paços tem boas dinâmicas, com jogadores jovens e outros mais experientes. Disputa um campeonato muito competitivo. Há muita ambição e vontade de vencer equipas de escalões superiores, especialmente as que disputam a I Liga. A motivação vai sempre para lá do normal, pelo que sei bem as dificuldades que enfrentaremos perante o Paços”, referiu.
Diogo Sousa renova
Entretanto, Diogo Sousa, jogador da equipa B, renovou contrato até 2028. A jovem promessa dos minhotos destacou o voto de confiança, mas quer fazer mais. “Engane-se o jogador que assina ou renova contrato e pensa que o mais difícil já foi alcançado. O mais difícil está por vir, que é fazer valer a aposta e justificar a confiança em mim depositada”, afirmou o médio.
Castores querem ter uma palavra a dizer
A Taça de Portugal volta à Mata Real, onde Ricardo Silva antecipa uma tarefa complicada perante o V. Guimarães. “Espero que as duas vitórias consecutivas que tivemos galvanizem não só os jogadores, mas também os nossos sócios, porque vimos que no último jogo foram as bancadas que nos empurraram para a vitória. Conheço bem o adversário de amanhã [hoje] por razões óbvias, mas também porque tive de o estudar e reconheço que vamos ter muitas dificuldades. Mas também queremos que seja difícil para o Vitória”, avisou o treinador dos pacenses, lembrando que o ciclo “menos bom” dos vitorianos não pode ser levado em conta.
“Será um jogo repartido e queremos ter uma palavra a dizer, conquistando a passagem à próxima eliminatória. Este adversário não irá obrigar a alterar a nossa habitual forma de jogar. Sabemos onde somos fortes, queremos ter bola o mais tempo possível e aproveitar as poucas fragilidades que o Vitória nos pode oferecer”, afirmou.