Treinador do Sporting falou sobre a conquista do título e de vários jogadores importantes no percurso
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Rui Borges concedeu uma entrevista aos meios oficiais do Sporting, na qual falou sobre a temporada que terminou com a conquista do campeonato, sendo que no próximo domingo disputa a final da Taça de Portugal contra o Benfica, no Jamor.
"O jogo que me marcou mais acabou por ser com o Gil Vicente. No meu discurso antes do jogo disse que o jogo do título não ia ser com o Benfica, mas sim naquele dia. Disse que era aquele jogo que nos ia dar o título", afirmou o técnico, recordando o golo nos descontos que rendeu os três pontos antes do dérbi. "Quando o Quaresma fez golo, corri como um 'tontinho' (risos). O que senti nesse jogo bateu certo e teve muita emoção. Ninguém precisa de fazer eletrocardiogramas nos próximos meses e foi um libertar de emoções indescritível para toda a gente", atirou.
Rui Borges também falou sobre vários dos jogadores do plantel leonino. "O Morten [Hjulmand] tem uma personalidade muito própria e ganha o respeito logo com a sua imagem pelo carácter e tranquilidade. Respeitamo-lo logo, no momento, no bater do olhar. Tem sido um grande líder dentro e fora de campo, dá um grande exemplo, tal como o Viktor [Gyokeres]. Ninguém pode ficar atrás do que eles tentam dar à equipa. São muito agregadores na atitude, na ambição. Foram dois pilares", indicou.
"Também não posso esquecer jogadores muito importantes para o balneário como o Nuno Santos, que esteve lesionado e tem uma resiliência diária. É impossível não olharmos para ele como um exemplo. Quer ser melhor, voltar e ganhar. O Matheus Reis e o Ricardo Esgaio ganharam tudo no Sporting e são muito importantes porque são a imagem do Clube. Olham para ele e respeitam-nos quando falam porque conquistaram essa valorização no grupo com muito trabalho. O Daniel Bragança teve uma lesão grave e é capitão de equipa, olham para ele como um símbolo da nossa formação. Tem grande resiliência, tal como o Nuno Santos. Deixo uma palavra, também, para o Francisco Trincão e o Franco Israel. O Trincão foi dos que mais me surpreendeu. A ver de fora, olhava para ele como um jogador especial no sentido técnico, mas a capacidade de trabalho tem sido indescritível. Achava que era só um virtuoso, mas não. Até pode perder 20 bolas que nunca o vou chatear. Tem um compromisso fenomenal com a equipa e por isso é que ele é muito melhor do que era quando foi para o Barcelona, por exemplo. Quanto ao Franco: temos dado muito valor ao Rui Silva, que tem demonstrado ser um grande guarda-redes e isso deixa-me muito feliz, mas o Franco tem uma personalidade que eu adoro. Falam muito da amizade dele com o Trincão, mas ele é muito amigo de toda agente. Respeitou sempre a minha opção de apostar no Rui Silva e tem um dia a dia feliz. Nunca vejo aquele rapaz triste, está sempre a puxar pelos colegas. É impossível não sorrir ao lado dele e não ter vontade de lhe dar um abraço. Todos são especiais, mas falei aqui de alguns dos quais não se fala tanto", prosseguiu.
Na mente está a conquista de mais um troféu. "Acredito que seja uma linda festa, mas quero ganhar. Vou fazer tudo para conquistar a Taça de Portugal", rematou.