Francisco Ramos recorda a elevada exigência de Rui Borges e acredita na conquista do campeonato. Médio, atualmente ao serviço do Radomiak Radom, na Polónia, trabalhou com o técnico na Madeira, ao serviço do Nacional, e aponta o trabalho como o culpado por uma subida tão rápida na carreira.
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Corria a época 2021/22 quando o Nacional da Madeira regressava à II Liga, depois de ter sido despromovido. Rui Borges chegou aos insulares e, com ele, chegaram ideias novas. “É um treinador muito organizado. Veio de um escalão inferior mas com ideias novas. Chegou com muita fome, com vontade de implementar as ideias dele. Acho que isso é que fez a diferença logo de início”, relembra.
Do dia a dia, é a exigência e organização de que mais se recorda do treinador, que pensa tudo até ao último pormenor: “Ele é muito exigente, vai ao até último detalhe. Às vezes, pensamos que estamos bem mas um centímetro, para ele, faz a diferença. Essa exigência é muito importante. Um dos grandes segredos do sucesso dele é a forma de estar. Não gosta de facilitar em nada, trabalha sempre no limite. O trabalho que fez nos escalões inferiores foi notável e tem feito um excelente trabalho. Cresceu muito rápido e isso deve-se à dedicação e à exigência que ele tem. Só assim é que um treinador sobe tão rápido”.
Sempre calmo no banco de suplentes, a postura durante os desafios é outro aspeto que traz confiança aos jogadores. “É muito calmo, não sobe muito o tom, não grita. Tem um discurso calmo e tranquilo. Os jogadores normalmente gostam dessa postura. Ele estará nervoso, certamente, mas o que passa para dentro de campo é fundamental. É sinal que confia em nós e não nos transmite pânico”, remata.