Declarações de Rui Borges, treinador do Moreirense, após a derrota (1-0) no Bessa, jogo da ronda 25 do campeonato
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Derrota: "É ingrato, mas o futebol é isto: um momento de inspiração muda o jogo. Controlámos os 90 minutos. O Boavista esteve claramente num bloco baixo e com um meio-campo defensivo desde o início. Conseguimos desbloquear facilmente a primeira fase de construção, mas faltou-nos entrar em espaços de criação e de finalização com mais agressividade, intensidade e assertividade durante o jogo todo."
As duas partes: "Na primeira parte, não estávamos muito proativos. Estávamos muito reativos a ver aquilo que este jogo ia dar, adormecemos um bocadinho e, apesar de o Boavista não nos criar perigo, teve duas ou três bolas paradas, que era uma das armas que queriam aproveitar. Estavam sempre à espera de contra-ataques e ataques rápidos para nos poderem ferir. Na segunda parte, entrámos muito mais proativos. Pegámos no jogo, procurámos mudar uma ou outra peça para conseguirmos chegar à fase de criação e ter mais espaço para tomarmos decisões, mas faltou-nos claramente qualidade no último terço. É tão simples quanto isso. Chegámos perto da baliza do Boavista, mas não ferimos e a partida entrou naquele registo de que, numa altura específica, podia haver alguém a resolver de forma individual. Foi aquilo que aconteceu e dou os parabéns ao Boavista nesse sentido. Eles foram felizes num momento de inspiração individual. Nós fizemos um jogo quanto baste."
Confiança: "O resultado não abala em nada. O nosso campeonato segue. Não estivemos inspirados, mas faz parte do trabalho. Há que continuar a trabalhar e passar confiança à equipa. O Boavista não criou perigo nem teve grandes aproximações, mas também já fomos felizes com lances de inspiração em jogos que estavam bloqueados. Hoje calhou ao Boavista”.