Rui Alves quer destituição da direção da AF da Madeira: "Temos de acabar com os tachos"
Os 24 subscritores da Lista B têm mais do necessário para avançar com um pedido de marcação de uma Assembleia Geral destitutiva dos atuais órgãos da Associação de Futebol da Madeira.
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Rui Alves assumiu ao JM que vai tentar a destituição da atual direção da Associação de Futebol da Madeira, naquela que é uma posição de força perante aquilo que considera ser uma ingerência inadmissível da Comissão Eleitoral neste processo - liderada por Santos Costa, Rui Marote (presidente da AFM) e Márcia Gomes.
O dirigente máximo do Nacional assume que chegou ao limite da sua capacidade negocial perante os atropelos ao funcionamento correto da Comissão Eleitoral para eleição do Delegado e respetivo suplente para a Assembleia Geral da FPF.
Esta decisão de Rui Alves parte pelo facto da Lista B (liderada por Dúlio Martins e Eduardo Sapatas), para eleição do delegado efetivo e suplemento da Assembleia Geral da FPF, estar sucessivamente a ser rejeitada pela Comissão eleitoral da AFM.
O dirigente é pungente. "Acho que os clubes subscritores da lista B devem convocar Assembleia Geral para destituição desta Direção. A destituição é feita através de AG convocada para o efeito. Para convocar uma AG são necessários 25% do número total de votos dos Clubes. Nós temos mais do necessário”, afirma.
A lista B conta com 24 subscritores, enquanto a lista A tem apenas 12 subscritores. O total de clubes inscritos na AFM é de 48. São necessários 375 votos para convocar a AG da AFM e a Lista B tem mais de 650 votos.
Rui Alves assume mesmo esta questão do ponto de vista pessoal: "Eu vou fazer tudo para que isto aconteça"! As afirmações contundentes não se ficam por aqui: “Temos de acabar com eventuais tachos prometidos no âmbito das eleições da FPF. Os clubes madeirenses têm de se libertar do sequestro associativo em que se encontram e em que vivem há muitos anos”.
O que está na base desta tomada posição
Rui Alves também não foge ao confronto quando questionado sobre o que o leva a tomar uma decisão mais radical. O dirigente diz que “considera vergonhosas as decisões da Comissão Eleitoral e também o facto de o presidente da Direcção [Rui Marote] fazer parte da mesma”.
Recorde-se que os argumentos vão desde o facto de a lista A ter tido um elemento que cujo cadastro disciplinar não foi verificado e ainda do castigo imposto por injúrias ao árbitro assistente Jorge Correia, enquanto na lista B as duas 'irregularidades' levaram à exclusão da mesma e por Rui Alves entender que estas foram “fabricadas”. Primeiro por entender que o Comunicado Oficial apenas faz referência a “ser/ou ter sido dirigente de clube regional/ou sociedade desportiva filiado(a) na AFM” e segundo, pela forma como a Comissão Eleitoral propõe que se faça a verificação do cumprimento dos candidatos, tendo criado uma nova realidade intitulada “cadastro desportivo”.