Rúben Semedo é o alvo prioritário de Sérgio Conceição e tem recusado ofertas de outros clubes à espera de um avanço<br/> definitivo dos portistas
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Rúben Semedo está decidido a mudar-se para o FC Porto neste mercado de transferências e, ao que O JOGO apurou, o alvo que Sérgio Conceição considera prioritário para o reforço do plantel, carenciado de várias opções no setor mais recuado, tem recusado todas as abordagens de que vai sendo alvo nesta janela.
A mais recente, sabe o nosso jornal, surgiu do Bordéus, clube que chegou a entender-se com o Olympiacos. Contudo, Semedo disse não, já que "comprou" o projeto dos dragões quando o abordaram no verão passado e, desde então, espera por uma investida decisiva por parte da sociedade azul e branca.
A 15 dias de encerrar esta janela de transferências, FC Porto e Olympiacos têm tentado encurtar a distância que ainda os separa. Os gregos estão dispostos a ceder um pouco nos valores pedidos por Rúben Semedo, mas continuam a preferir uma transferência a título definitivo em detrimento do modelo de negócio sugerido pelos dragões, que por limitações de tesouraria pretendem receber o jogador de 27 anos por empréstimo, reservando uma opção de compra para o final da temporada.
Este impasse no processo tem causado alguma ansiedade em Semedo, que quer voltar a jogar com regularidade rapidamente e no campeão helénico não tem sido possível. O internacional luso fez apenas um jogo desde agosto, para a Taça da Grécia, com o Levadiakos, e entretanto o clube do Pireu já reforçou a posição com Manolas.
Central relata agressões de três encapuçados
Gorada a hipótese de ver o negócio concluído logo no começo do mês, Rúben Semedo foi obrigado a regressar à Grécia e na sexta-feira foi vítima de agressão por parte de três encapuzados, numa altura em que regressava a casa de jantar. O central teve mesmo de receber tratamento hospitalar.
"Fraturei um osso da mão, mas não me atingiram as pernas. Só foi o pulso, a cabeça, o ombro e o tronco", contou o internacional português à TSF, à qual relatou ainda a visita de um diretor e de um segurança do Olympiacos, ocorrida uma semana antes, mas que, conforme esclareceu mais tarde nas redes sociais, não teve como objetivo ameaçá-lo.
"O Olympiacos deu-me a oportunidade de jogar num nível alto e fez-me renascer como jogador e homem, foram os primeiros a prestar auxílio e apoio neste momento difícil e estiveram sempre ao meu lado. O que disse foi que um diretor e um segurança da nossa família Olympiacos vieram alertar-me da corrente negativa e violenta que os média criaram à volta da minha imagem e, mais uma vez, a informação distorcida passou da forma errada", escreveu Semedo, garantindo que a versão inicial havia sido dita "num momento de choque", depois do "vergonhoso ataque" que diz ter sofrido, que se encontra bem e a "recuperar com toda a atenção e apoio da família Olympaicos".
Entretanto, o clube emitiu um comunicado a "condenar inequivocamente o ataque" ao português e a mostrar-se confiante de que "as autoridades farão o possível para punir aqueles que se esconderam por detrás desta ação covarde".