Internacional português num processo idêntico ao de Mbemba, que começou atrás de Felipe, Militão e Pepe e hoje é indiscutível. Objetivo passa por assumir vaga que o congolês abrirá com a saída em junho.
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Apontado como uma prioridade por Sérgio Conceição no mercado de janeiro, Rúben Semedo viu a chegada tardia atirá-lo para a cauda da hierarquia de centrais da equipa, mas o FC Porto tem em prática um plano que visa a afirmação plena em 2022/23.
Tendo como exemplo Mbemba, que alcançou o estatuto de indiscutível após uma época na sombra de Militão, Felipe e Pepe, e o internacional português como uma espécie de mentor, pela ligação que criaram ao serviço da Seleção Nacional, Semedo aceitou a ideia sem pestanejar e encara estes seis meses de empréstimo como um período de adaptação e aprendizagem à exigência, às ideias e aos métodos de trabalho de Sérgio Conceição.
De resto, a determinação com que cumpriu o plano de treino e de alimentação traçado pelos dragões, no sentido de recuperar o peso ideal, bem como a aceitação para alinhar na equipa B, fizeram-no marcar pontos junto dos responsáveis portistas, que se preparam para perder Mbemba (jogador-livre) no fim da época e ver Pepe entrar na casa dos 40 em fevereiro de 2023.
A isto junta-se ainda a incerteza à volta de Marcano, que em novembro foi operado pela segunda vez no espaço de ano e meio e também já está no clube dos trintões.
Com os habituais titulares a darem conta do recado e o calendário a conceder tréguas após a saída das competições europeias, no Dragão não se perspetiva a necessidade de queimar etapas no processo de Rúben Semedo, cuja contratação provocou enorme expectativa junto dos adeptos.
Os 45 minutos cumpridos com o Lyon, na Liga Europa, foram muito pouco para saciar tamanha curiosidade, mas foram um prémio para o esforço que o internacional português fez para encurtar rapidamente a distância em termos físicos para os companheiros. O resto surgirá com o tempo.
Galeno é o reforço mais usado
Entre os três jogadores que o FC Porto recrutou no mercado de janeiro a outros clubes - Fernando Andrade foi um regresso -, Rúben Semedo surge no extremo oposto de Galeno entre os mais utilizados. O central ex-Olympiacos só fez 45 minutos, enquanto que o brasileiro já chegou aos 376" de azul e branco. Eustáquio, que chegou ao Dragão na mesma condição do internacional português (emprestado), ultrapassou a barreira da centena de minutos ao ser lançado de início com o Lyon, na segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa.