Rúben Ribeiro concedeu uma entrevista ao canal do Sporting, na qual aborda vários temas, entre eles a carreira e o período em que esteve sem clube, antes de rumar ao Boavista.
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Carreira - "A minha carreira resume-se no acreditar, no trabalho, nas pessoas que mais gosto e nas pessoas que mais gostam de mim. Chorei, não tenho qualquer tipo de problema para o explicar publicamente; chorei muito, um choro de revolta e isso deu-me muita força. Acreditei sempre que as coisas fossem para um rumo completamente diferente. Tive um convite do Boavista, chegou a janela de janeiro e eu tinha de estar preparado. Acreditei sempre que ao ser chamado não podia estar ao ritmo de quem esteve parado há seis meses. Trabalhei para isso e quando lá cheguei fiz a diferença".
Rio Ave e depois o Sporting- "Não foi difícil apanhar o comboio. Difícil é entrar a meio do campeonato numa equipa que luta por grandes objetivos, que quer ser campeã nacional - e que tem aspirações no futebol europeu. Isso resume-se ao trabalho do mister, pois não é a primeira vez que está nesta fase da Liga Europa..."
Relação com Fábio Coentrão - "O Fábio também tem as suas origens, é uma pessoa que me diz muito. Mal cheguei disse-lhe isso: uma coisa é vê-lo na TV, outra é conhecê-lo. Identifico-me completamente com ele, porque também já sofreu muito: é humilde mas também muita qualidade e na sua carreira tem vários títulos muito importantes"
Objetivos - "Escolhi o Sporting porque dos três grandes foi a equipa com futebol mais atrativo, de posse, bonito e atraente. Escolhi porque dos três foi sempre o clube que mais me identifiquei. E não só: tinha o Coentrão, estava habituado a vê-lo no Real e queria ter o privilégio de jogar com ele. Queria aprender com ele, conhecê-lo. Uma das grandes mais valias que podia ter ao chegar ao Sporting com 30 anos era poder aprender muito mais do que aquilo que aprendi. Sem dúvida alguma com o mister, também".
Adeptos - "Na minha estreia - e também quando joguei contra o Sporting - sentia-me arrepiado: os adeptos levantados, com os cachecóis a cantar, em harmonia e foi algo que me marcou muito. Senti que os adeptos viviam aquilo com paixão, com amor ao clube. É algo que não consigo encontrar, ver no FC Porto e Benfica, os meus rivais. Estão em sintonia com os jogadores, vivem e amam o Sporting. Demonstram-no em Alvalade, mas também fora. Mas principalmente em Alvalade. É muito bonito esta sintonia e foi algo que também me fez emocionar"
Campeonato - "Sentimo-nos confiantes. O campeonato não é fácil. Estamos a cinco pontos mas nada é impossível. Há duas semanas pensávamos que era mais difícil e daqui a uma podemos pensar isso novamente. Acredito plenamente que podemos ser campeões porque somos a melhor equipa a jogar futebol. Há muitos pontos em disputa. Nas outras provas... não é fácil, mas quem chega aos quartos da Liga Europa tem de ambicionar conquistá-la. Tal como a Taça de Portugal. Jogámos em casa, dá-nos uma grande vantagem. Com adeptos fantásticos que nos vão ajudar a dar a volta. Acredito que vamos estar no Jamor".