Rúben Amorim roda mais esta época, mas taxa de utilização da equipa-tipo mantém-se
O leão já teve esta época mais competição do que em 2020/21, e ainda faltam pelo menos oito desafios (sete da Liga e um da Taça de Portugal). Amorim fez mais gestão esta época, mas com cautelas.
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Rúben Amorim chegou no final de 2019/20 e começou logo a preparar o terreno. Analisou o plantel disponível, promoveu jovens, reforçou a equipa em consonância com a SAD e, finalmente, na época seguinte (a primeira completa), colocou em prática o seu projeto, com uma equipa-tipo bem definida que capitalizou os minutos para consolidar um modelo e estilo de jogo.
Os resultados estão à vista, com a conquista do título nacional, da Taça da Liga e, posteriormente, da Supertaça (e já esta época de outra Taça da Liga). Esta temporada, embora pareça que está a rodar mais a equipa, a verdade é que Amorim não abdica de uma certa estabilidade para melhor integrar as novas apostas, e o peso em minutos em campo dos habituais titulares é semelhante ao do ano do título.
Em 2020/21, a equipa-tipo (Adán, Gonçalo Inácio, Coates, Feddal, Pedro Porro, Palhinha, João Mário, Nuno Mendes, Pedro Gonçalves, Paulinho e Nuno Santos) teve uma taxa de utilização de 69,87% dos minutos totais do conjunto, com menos provas e jogos para Amorim poder rodar jogadores. Nesta equipa ideal, refira-se que Gonçalo Inácio e Paulinho acabaram com menos minutos do que Neto e Tiago Tomás. O primeiro porque se afirmou gradualmente ao longo da época, que arrancou como suplente, e o segundo por ter chegado na janela de transferências de inverno.
Já esta temporada, Matheus Reis, Matheus Nunes e Sarabia entraram nas primeiras escolhas do técnico, para os lugares de Feddal, João Mário e Nuno Mendes (Nuno Santos passou a ser mais utilizado na ala esquerda, deixando a posição no ataque para o internacional espanhol). E apesar de vários castigos a titulares, das lesões de Porro, Coates, Inácio, Pote e Palhinha, a verdade é que, no global, a "equipa-tipo" de 2021/22 mantém uma taxa de utilização semelhante à da época anterior: 68,40% dos minutos totais.
Adán, Inácio, Matheus Reis, Matheus Nunes e Paulinho já superaram os números da última época, enquanto outros como Porro, Palhinha ou Pote estão aquém. Esgaio, sem ser titular, já tem mais minutos do que o espanhol...