Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, em conferência de Imprensa de antevisão à final da Taça da Liga, frente ao FC Porto e agendada para as 19h45 de sábado.
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Acha que as palavras que teve sobre transferência de Matheus Nunes estão a influenciar a estratégia do Sporting nas negociações por Pedro Porro? "Não faço ideia. Não sei qual é a estratégia nem me preocupo com ela. O que me foi dito foi em relação à cláusula. Penso que é isso que está a ser cumprido. Às vezes é obrigatório vender, e há outras fases em que não somos obrigados a vender. Isso é a grande vantagem dos clubes. No meu ver, não há grandes negociadores nem maus negociadores, há os que têm de vender e os que não têm de vender. Quando não se tem de vender, a negociação é diferente. Não faço ideia. Deus queira que a negociação esteja complicadíssima. Vamos ver, faltam três dias, tudo pode acontecer."
Parte financeira tira o tapete no caminho a percorrer? "É o caminho que os clubes têm de percorrer, por mais que custe aos treinadores. Os treinadores têm de saber se estão capazes de fazer isso, se não. Isso é muito claro nos clubes. Lembro-me no meu tempo do Benfica, que construiu um projeto onde começou a vender muitos miúdos da equipa B, por 15 milhões, 15 milhões, 15 milhões e começa a fazer aí um orçamento, e não vende nenhum jogador da equipa principal. Todos os clubes têm a sua forma de crescer, de criar estabilidade. Nós estamos nesse processo. Não tenho acesso a isso, mas ainda estamos a construir um processo para ter estabilidade, para não ter de vender, para vender cada vez mais caro, para criar uma base que, por exemplo, o FC Porto tem. Estamos a fazer o nosso caminho, não é tirar o tapete ou não. A situação do Matheus [Nunes] foi completamente diferente. Quando tem de se vender, tem de se vender, quando se paga a cláusula, tem de acontecer porque é o nosso momento. Não chamaria tirar o tapete, faz parte do processo do clube, do crescimento, da estabilização financeira. Passa por aí, sofremos um pouco com isso, mas eu já sabia quando assinei a renovação. Agora é seguir em frente."
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Aspetos a melhorar em relação à derrota no Dragão: "Não sofrer três golos, obviamente. Depois, tivemos bom momentos com bola, fomos pouco agressivos a chegar à área. Sentimos falta de um avançado. O Edwards ligou muito bem o jogo, mas faltou-nos agressividade, coisa que o FC Porto teve muito nesse jogo. Depois sofremos o primeiro golo a chegar ao intervalo, depois o golo da mão do Porro, aí acabou o jogo. Mostrei as coisas boas que fizemos e o que temos de melhorar. Somos uma equipa diferente, se estivermos no dia certo tenho a certeza que somos capazes de vencer o FC Porto. Vimos a agressividade do FC Porto, temos de igualar, temos de ser mais agressivos a ir para a baliza, temos talento para isso e isso é o mais importante. Quando toda a gente acredita, tenho a certeza que o podemos fazer, estaremos mais perto de vencer."
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