Atletas como Vlachodimos, Vertonghen e Weigl têm sido utilizados sobretudo nas segundas partes. Caso permaneçam na Luz resposta para voltarem ao onze terá de ser dada em campo.
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Com quatro partidas realizadas na pré-temporada, Roger Schmidt parece ter cada vez mais definida a sua base para o arranque de 2022/23. E fora dela podem estar nomes como Vlachodimos, Vertonghen e Weigl, titulares na época passada. Rui Mota, que trabalhou como adjunto de Schmidt no Beijing Gouan, na China, entende as opções do técnico quer numa ótica de mercado quer de ideias e produção.
Adjunto de Schmidt no Beijing Gouan, Rui Mota lembra que Vlachodimos e Weigl têm sido apontados à saída
"Para Roger Schmidt, o que conta é o rendimento. E começa tudo do zero, ainda para mais quando o clube prepara-se para viver uma fase de mudança. Há jogadores com um longo ciclo no clube, como André Almeida e Pizzi, que se preparam para sair e outros que mesmo com estatuto no passado podem ter de lutar pelo lugar", defende a O JOGO Rui Mota, reforçando: "Vai haver uma renovação e há jogadores que se calhar eram muito importantes no ano passado e este ano podem não jogar tanto. O que conta é o rendimento atual. Se corresponderem, muito bem, serão opção, caso contrário outros poderão surgir e ganhar outro espaço."
Arranque do zero e mercado atiram titulares para a segunda linha
O antigo adjunto do treinador alemão que o Benfica contratou ao PSV Eindhoven defende também que este prepara o onze precavendo-se com as consequências do mercado.
"Tem-se falado muito que jogadores como Vlachodimos e Weigl devem sair do Benfica. Faz sentido por isso ele testar e preparar a equipa numa lógica de prevenção para o caso de isso concretizar-se. Para ter uma base cada vez mais forte e não ter de construí-la novamente em competição", adianta Rui Mota. "Vai apostar naqueles que acredita terem mais hipóteses de ficar", frisa.
Menos jogos, mais análise
Com mais jogadores às suas ordens, ideia foi fazer uma "observação com base no treino", diz Rui Mota.
Vencido o quarto jogo de pré-época, com o Girona, falta ao Benfica apenas enfrentar o Newcastle (terça-feira) para fechar a preparação para 2022/23. Recém-chegado à Luz, Roger Schmidt implementou um modelo habitual no seu passado na Europa, nomeadamente nas primeiras temporadas ao serviço de novos clubes: em 2011/12, no Paderborn, foram cinco jogos, em 2012/13, no Red Bull Salzburgo, quatro e em 2020/21, no PSV, cinco. Só no Leverkusen, em 2014/15, agendou oito.
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Tendo convocado 38 futebolistas para Inglaterra e Algarve (onde se viria a juntar Enzo Fernández), Schmidt aproveitou para focar-se na análise.
"Quando um treinador tem tantos jogadores pode marcar um torneio e fazer vários jogos ou seguir o caminho que acabou por acontecer, apostando mais ao nível da observação com base no treino, com mais cargas nos treinos, que até podem ser mais prolongados e com trabalho diferente", explica o seu antigo adjunto Rui Mota, reforçando: "Isso até permite a jogadores que podiam na teoria encaixar menos no esquema acabar por entrar nas contas, como parece ser o caso de João Mário."
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