Treinador alemão de 55 anos, eliminado pelas águias no play-off da Liga dos Campeões, já foi contactado por Rui Costa, mas há outros cenários em cima da mesa e a decisão ainda não está tomada.
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Os responsáveis pelo futebol do Benfica estão já a preparar a próxima temporada e, entre as situações por definir, a questão do treinador que irá orientar o plantel em 2022/23 é um dos dossiês em cima da mesa de Rui Costa.
Nélson Veríssimo, o atual comandante da equipa, é ainda um dos nomes na equação do presidente, que não deixou já de equacionar outros cenários e de elaborar uma lista na qual se inclui, segundo O JOGO confirmou, o nome do alemão Roger Schmidt.
De facto, o técnico de 55 anos do PSV Eindhoven, que foi eliminado pelo Benfica ainda de Jorge Jesus no início da época no play-off da Liga dos Campeões - com 0-0 na Luz e uma épica e muito sofrida vitória em Eindhoven por 2-1 -, é visto como tendo o perfil desejado na Luz, pela capacidade tática, pela relação com os jogadores, pela defesa do futebol... de ataque.
Ainda na terça-feira, a revista alemã "Kicker" noticiava que é "praticamente certo" que irá orientar as águias a partir de julho, porém essa certeza é ainda um exagero nesta fase.
Ao que apurámos, já decorreram contactos diretos com o treinador por parte dos três elementos do Benfica que gerem o futebol - o presidente Rui Costa, o administrador Lourenço Pereira Coelho e o diretor-geral Rui Pedro Braz -, mas a decisão benfiquista não está cimentada.
Por um lado, não há garantias que Schmidt, que já anunciou em fevereiro a saída do PSV no final da época, queira mudar-se para Portugal e há muitos clubes interessados no técnico, nomeadamente vários ingleses, até pelo desempenho positivo de compatriotas como Jurgen Klopp (Liverpool) e Thomas Tuchel (Chelsea). Também o Borussia Dortmund, um peso-pesado alemão, deverá trocar de treinador e visar Roger Schmidt.
De momento, e como já noticiámos, Nélson Veríssimo continua bem colocado a nível interno, pelo que a mudança poderá colocar-se ou não mediante o que se passar até final da época, sobretudo no próximo ciclo de cinco jogos. Vendo pelo prisma positivo, triunfos sobre Braga, Belenenses e Sporting e um bom resultado (apuramento ou discussão até ao fim) na eliminatória com o Liverpool serão argumentos de peso a favor do atual técnico das águias.
Visto como treinador de ataque
Rui Mota, treinador português que fez parte da equipa técnica de Roger Schmidt no Beijing Guoan, o ainda timoneiro do PSV Eindhoven, um dos alvos das águias, "dá preferência ao futebol de ataque, gosta que as suas equipas joguem no meio-campo ofensivo e marquem golos".
"Joga ao ataque, para ganhar. Não se importa de sofrer dois ou três golos se marcar quatro ou cinco. Pode acrescentar valor ao futebol português porque tem qualidade", descreveu Rui Mota, em declarações à TSF, sobre o técnico que está a lutar pelo título nos Países Baixos (tem menos dois pontos que o líder Ajax), disputará a final da Taça local com o Ajax e ainda está em prova na Conference League da UEFA.