Sequência negativa contra adversários diretos também aconteceu nos Países Baixos. Braga, o próximo adversário, é a equipa que mais dano causou aos encarnados a núvel nacional.
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Dos 51 jogos de Roger Schmidt, este ano, ao serviço do Benfica só em 12 desafios a equipa não saiu vitoriosa (três derrotas e oito empates).
É um registo que, na sua totalidade, é bastante positivo, mas que, por si só, não demonstra aquela que tem sido a maior fragilidade do técnico alemão: jogos com os principais adversários.
Nos jogos com os eternos rivais, FC Porto e Sporting, e contra o candidato ao título, Braga, Schmidt pouco tem sorrido. A equipa minhota, que viaja, este sábado, até ao Estádio da Luz para mais uma final, é mesmo o adversário que, este ano, a nível nacional, provocou mais estragos na formação encarnada: uma eliminação nos quartos de final da Taça de Portugal depois de um empate a uma bola decidida através de penáltis; e a primeira derrota benfiquista da época com um 3-0 na Pedreira para o campeonato. O Braga torna-se, por isso, um desafio maior para Schmidt, que precisa dos três pontos para continuar a segurar a vantagem mínima de quatro pontos para o segundo lugar do FC Porto, e tem em Artur Jorge um adversário no banco que ainda não conseguiu superar. No caso do FC Porto, os encarnados conseguiram vencer, por 0-1, no Estádio do Dragão, à jornada 10, mas perderam na segunda volta, no Estádio da Luz, por 2-1. Em relação ao Sporting, as duas equipas só se encontraram uma vez este ano, num 2-2 para o campeonato no Estádio da Luz - a segunda ronda está marcada para a jornada 33. Ao todo, são cinco jogos com adversários diretos, este ano, e apenas uma vitória.
Um cenário que se repete se olharmos para o passado recente do técnico alemão em que os jogos contra adversários diretos são quase sempre de más lembranças. No primeiro ano aos comandos dos neerlandeses do PSV, Schmidt não venceu qualquer confronto com o Ajax ou com o Feyenoord, foram três empates e duas derrotas, em cinco jogos. Na segunda e última época, o PSV, em seis partidas , ganhou apenas duas, uma delas valeu a conquista da supertaça dos Países Baixos. Feitas as contas, ao todo, nos últimos três anos, Roger Schmidt disputou 16 partidas contra rivais diretos, nos países onde treinou, e apenas conseguiu sair por cima em três ocasiões. Sábado é um novo desafio.
Na Europa há mais vitórias
Apesar dos resultados nos duelos com adversários diretos nas competições nacionais não serem sempre positivos, ao nível das competições europeias, Schmidt tem vantagem: ao longo dos últimos três anos disputou 42 jogos europeus dos quais venceu 25. Para isso, muito contribuiu a temporada europeia dos encarnados, com a eliminação na Liga dos Campeões a acontecer só nos quartos de final frente ao Inter. Antes, o Benfica registou seis vitórias e três empates - duas vezes com o PSG e outro com o Inter - num total de catorze jogos, incluindo os play-offs de acesso. Antes, ao serviço do PSV, Schmidt tinha igualmente um registo positivo nos jogos europeus. No primeiro ano com os neerlandeses, foram dez jogos na Liga Europa, com sete vitórias e apenas três derrotas, numa época em que o PSV chegou aos 16 avos de final. No ano seguinte, o clube dos Países Baixos fez dezoito jogos entre Liga Europa e Conference League, numa época em que nas duas competições, Schmidt acumulou oito vitórias, seis empates e quatro derrotas. Nesse ano, o PSV caiu por terra na fase de grupos da Liga Europa, passou para a Conference League em que foi até aos quartos de final.