Nunca tantos espectadores estiveram no novo estádio das águias desde que foi inaugurado
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A bater recordes em campo, o plantel de Roger Schmidt está também a ter um efeito marcante ao nível da envolvência do jogo, com consequência direta no número de espectadores que se têm deslocado ao estádio da Luz.
Política mais dinâmica a nível da bilhética ajuda a explicar um fenómeno que, porém, deriva do rendimento sem mácula da equipa encarnada nas provas internas mas também na Champions.
Esta época, e depois de 13 jogos "caseiros", o recinto já recebeu mais de 700 mil adeptos, um número que não encontra igual desde a sua inauguração, a 25 de outubro de 2003, volvidas 17 temporadas (e excluindo as duas últimas devido às limitações impostas pela pandemia), superando o anterior melhor registo, precisamente averbado em 2019/20, com menos 63 106 adeptos.
"Quando jogamos em Lisboa, mas também nos jogos fora de casa, há sempre benfiquistas connosco. É sempre especial. Nunca tinha vivido algo assim. Existe um sentido de responsabilidade pela felicidade e pelo orgulho das pessoas, e isso é uma enorme motivação para nós", afirmou no sábado Roger Schmidt aos meios de comunicação do clube, numa análise que tem como leitura imediata este acréscimo na afluência de público à Luz.
O Benfica fez 13 jogos em casa. O último, com o Penafiel, foi o que teve menos público, com pouco mais de 43 mil adeptos
Ainda sem derrotas na temporada em 27 jogos realizados, as águias atuaram no seu recinto em 13 ocasiões e registaram apenas um empate, ante os franceses do PSG. A parte desportiva funciona assim como mola para o aumento de espectadores. A liderança destacada da Liga e o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões, sobretudo, sustentam este efeito catalisador, que já levou à Luz 713 961 adeptos, depois dos mais de 43 mil que assistiram ao último jogo, da Taça da Liga, com o Penafiel, naquela que foi o registo mais baixo da época.
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A nível interno, a justificação para este fenómeno reside sobretudo no rendimento e exibições da equipa de Roger Schmidt, pelos objetivos que tem alcançado e tipo de futebol, mais virado para o golo e para o espetáculo, apresentado. Esta é a base que depois tem o acrescento de uma estratégia de bilhética mais dinâmica, em que se privilegia o preenchimento do estádio graças ao mercado secundário que permite a venda do red pass de cada sócio nos jogos em que não possa deslocar-se ao estádio, juntando-se a venda completa dos lugares corporate.
Média de 2022/23 deixa rivais bem à distância
Os 713 961 espectadores que visitaram esta época a Luz resultam numa média por jogo de 54 920, que supera os números dos rivais. FC Porto e Sporting, com menos três jogos, registam uma média de 42 730 (menos 12 190 que as águias) e 31 156 (a 23 764 dos encarnados), respetivamente. Mesmo assim o Benfica não se aproxima dos 65 mil adeptos de capacidade do estádio, mas olhando para todas as épocas desde a inauguração, conseguiu ter na Luz mais de 60 mil em 19 ocasiões neste intervalo dos primeiros 13 jogos da temporada. A título de curiosidade, Sporting e FC Porto equivalem-se a superar esta fasquia (seis embates cada).
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