Roger fala abertamente das suas mutações ao longo da época, onde teve de auxiliar o Braga em oito competições diferentes, da Liga 3 à Champions. E do jogo com Qarabag, no qual jogou 120 minutos e acabou com dedos em sangue
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Numa época em que já foi utilizado em oito frentes do Braga, entre provas com a equipa principal e jogos por outros escalões do clube, Roger descomplicou a situação, apesar da necessária mudança de chip entre um embate da Liga 3 e outro da Champions.
"Nunca foi coisa que me fizesse confusão. Sempre foi Braga! Jogar em qualquer equipa do Braga era só mais uma oportunidade para brilhar. Entrava em campo para ajudar e dei-me bem com todos, em qualquer equipa. Procurava enquadrar-me. Ir saltando de equipa em equipa fez-me crescer muito", valorizou, medindo diferenças, a começar na responsabilidade. "Acho que é a principal palavra, posso ser mais responsável na equipa A. Quanto ao jogo na equipa B é tudo mais apertado, numa Champions tens mais espaço. Importa é jogar e divertir-me", contou, sem querer antecipar uma vida longa no clube que possa colocar em perigo as marcas de Ricardo Horta. "Teria de ficar aqui muito tempo e passar números dele para mim! Ele é fantástico e um finalizador incrível. Dentro da área, tu sabes que ele vai fazer golo, os adeptos também sabem. É pela forma como se enquadra, sabe chutar e direcionar a bola", documentou Roger, que chegou a Portugal como fã de Dybala. Via esses jogos grandes da Champions da Juventus e adora-o por ser esquerdino e pela como batia na bola e fazia aquele arco."
O menino de Bafatá falou da experiência hercúlea que esteve no jogo com o Qarabag, realizado no Azerbaijão e definido no último minuto do prolongamento em desfavor do Braga. "Esse foi o jogo onde corri mais quilómetros até hoje, foram 14 ou 15. Saí de campo com sangue em dois dedos. No dia seguinte tive de os furar para sair o sangue. Demos tudo de nós mas não fomos felizes", recordou, citando Moutinho e Víctor Gómez como os guerreiros que habitualmente mandam nos quilómetros por jogo.
Já sobre a escolha que fará entre Portugal e Guiné-Bissau, Roger não deixou dúvidas por quem conta jogar em breve.
"Para mim não vai ser decisão complicada, já ando a pensar há muito tempo e vai ser uma decisão bem tomada. Posso dizer que já estive curioso numa das últimas chamadas dos sub-21, estava ali a ver se saía o meu nome. Mas lembrei-me que ainda não posso, sobram burocracias e há uma regra ainda. Mas alimentei alguma esperança", reconheceu.