Saída da China é inevitável e os dragões querem fechar rapidamente a operação, até porque o Benfica também fez sondagem.
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A decisão de começar a seguir a página oficial do FC Porto no Instagram não foi uma ação ao acaso por parte de Róger Guedes.
Apesar de ter sido alvo de uma sondagem do Benfica recentemente e de ter vários clubes de topo do Brasil interessados no seu regresso, o extremo foi informado que o clube portista é o que se encontra mais bem colocado neste momento para o receber.
Fonte próxima do jogador explicou a O JOGO que a operação até pode decidir-se esta semana, uma vez que o empresário do brasileiro de 22 anos, Paulo Pitombeira, prolongou a estadia na China por mais uns dias para acertar o modelo de negócio com o Shandong Luneng. Os chineses dão preferência a uma transferência a título definitivo, para recuperar o investimento de 9,5 milhões de euros feito há um ano, quando o contrataram ao Palmeiras, mas não colocam de parte a possibilidade de aceitarem um empréstimo.
É da resolução deste imbróglio que está dependente a mudança de Róger Guedes, uma vez que o extremo deixou a China, como revelou através das redes sociais, e já decidiu que não fará a viagem de regresso. Guedes está arrependido da opção tomada há um ano, quando o FC Porto também o tentou contratar, e quer muito jogar no futebol europeu. Nesse sentido, a mesma fonte explicou ao nosso jornal que o extremo acredita que o futebol português será uma excelente porta de entrada e que até o poderá recolocar no radar da seleção brasileira, a julgar pelo que sucedeu em 2018/19 com Éder Militão, Felipe e Alex Telles.
Para o FC Porto, a chegada de Róger Guedes permitiria resolver o problema existente nas alas, que neste defeso viram partir Brahimi, Hernâni e Adrián López. O brasileiro é encarado como o substituto natural do internacional argelino, já que no Brasil também jogava mais descaído para a esquerda mesmo sendo destro. Era, de resto, um dos melhores marcadores do Brasileirão no momento da saída do "Galo", pelo qual fez nove golos em 12 jogos. Pelo Shandong Luneng assinou apenas cinco em 14 encontros, o último dos quais a 12 de maio, frente ao campeão Shanghai SIPG, de Vítor Pereira e Hulk. Mas também marcou alguns golos, cinco no caso.
Vítima das regras e do excesso de estrangeiros
A utilização intermitente de Róger Guedes ao longo dos últimos 12 meses explica-se pelo facto de o regulamento do campeonato chinês não permitir que as equipas utilizem mais do que três atletas estrangeiros. O Shandong Luneng, como uma boa parte dos outros emblemas, preferiu precaver-se e incluir quatro no plantel, pelo que o sacrificado do treinador Li Xiaopeng acabou por ser sempre o extremo de 22 anos. Em 2018, quando Guedes chegou, a equipa sediada em Jinan já contava com os avançados Papiss Cissé (Senegal), Tardelli (Brasil) e Graziano Pellè (Itália) e o central Gil (Brasil), que formava dupla com Felipe no Corinthians. Este ano, além de Pellè, de Gil e do jogador agora pretendido pelo FC Porto, o Shandong, atual quarto classificado da Superliga chinesa, ainda contratou o médio Fellaini (Bélgica) ao Manchester United por uma verba a rondar os 10,5 milhões de euros. E o belga tem sido sempre titular.
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