Roger explica o número 7: "É o número do Cristiano Ronaldo, um dos meus ídolos..."
Roger falou aos meios de comunicação do Braga, que cumpre o estágio de pré-época na Áustria
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Crescimento: “Sou o mesmo menino que chegou ao Braga com 14 anos, mas agora com uma responsabilidade maior e uma ambição muito grande para esta época. [...] Aprendi a amar o Braga. Quando estava na Guiné não conhecia o clube, mas depois disseram-me que vinha para o Braga e procurei saber mais. É um amor para a vida. Cada dia que passo aqui é um momento bom”
Ficou com a camisola 7 que era de Bruma: “Não consegui falar com o Bruma, porque ele estava no Mundial de Clubes. O número 7 tem significado para mim, porque é o número do Cristiano Ronaldo, um dos meus ídolos, mas também por causa do Bukayo Saka”
Momento especial: “O momento mais marcante foi contra o Rio Ave. Fiz duas assistências e ganhámos aos 90 minutos”
Referências: “O Matheus era uma das minhas referências no balneário, porque, além do jogador que ele era, queria ser como ele é como homem, como pai e como profissional. Ele é uma pessoa que sabe estar. Quando me sentava ao pé dele, dizia que queria ser como ele. Agora não está cá, mas continua a ser um exemplo para mim. Agora as minhas referências no balneário são o João Moutinho, o Tiago Sá e o Ricardo Horta. O Moutinho por ser uma pessoa que eu só via na televisão ou por jogar na playstation. Em África havia muitas pessoas com o nome do Moutiiho na camisola. É um orgulho olhar para ele”
Brincadeiras de balneário: “Os jogadores que mais 'pegam' comigo? São quase todos. Mas sobretudo o Sikou [Niakaté] e o Zalazar. Aqui quase todos me chamam bebé, quase ninguém me chama Roger por ser o mais novo do plantel. Nos almoços, eu pagava ou cantava, então tinha de cantar para não ter de tirar dinheiro do meu cartão. O Chissumba é a quem mais dou umas “duras”, ele é o meu “chinelo”. Ele já está cansado de mim.”
Sonho de jogar por Portugal: “Sempre quis jogar pela seleção portuguesa. Sonhava muito estar com os meus colegas. Via o Chissumba, o Jónatas Noro e João Vasconcelos serem chamados à seleção [de sub-21] e eu também queria estar lá. Quando fui convocado pela primeira vez, ainda por cima o meu nome foi o último a ser chamado, o coração bateu mais forte. Fiquei mesmo orgulhoso. Só queria vestir a camisola. Quando peguei no equipamento, vesti logo e respirei fundo. Pensei que o esforço valeu a pena. Conheci novos jogadores e alguns só via a jogar pelos respetivos clubes, alguns deles como o Geovany Quenda”
O mais rápido do plantel: “O Hornicek [risos]. Nem ele acredita nisso. Sou dos mais rápidos, assim como o Zalazar, o Gharbi e o Gabri Martínez”
Classe: “Quem tem mais estilo é o Robson Bambu, mas também gosto muito do estilo do Sikou [Niakaté], porque tanto veste um estilo mais desportivo ou mais casual”
Nunca teve nada: “Vim do nada e hoje tenho a minha família em Portugal, inclusive a minha mãe. É uma motivação extra, porque nunca tive nada e vim do nada. Sabia que só dando o meu melhor é que podia ter a minha família comigo. Quando vou dormir digo a mim mesmo que isso só depende de mim. Não posso culpar ninguém se eu falhar. Sei que sou capaz”
Champions, Mundial e Europeu no pensamento: “O meu sonho é fazer uma grande época tanto individual como coletivamente, mas quero, sobretudo, que a equipa conquiste o que nunca conseguiu. Gosto muito de uma música do Pedro Abrunhosa que diz que vamos fazer o que ainda não foi feito. Espero que o Braga faça o que nunca foi feito e sei que essa é a ambição de muitos bracarenses. Esse é o meu sonho. Quero fazê-los felizes. Quero ainda evoluir na carreira e ganhar a Liga dos Campeões, o Europeu e o Mundial. Quero ser feliz e desfrutar todos os dias”