Rochinha marcou em Moreira de Cónegos e fixou um novo máximo de golos. Ex-companheiro Davidson acha que o posicionamento à esquerda estimula o poder de fogo.
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O livro de recordes pessoais de Rochinha avançou um pouco mais em Moreira de Cónegos. Promovido a primeiro capitão de equipa esta época, após a transferência de André André para o Al-Ittihad Jeddah (Arábia Saudita), o extremo do Vitória tem encarado de frente qualquer responsabilidade e, com um disparo cruzado de ângulo difícil, voltou a decidir mais um jogo, como já havia feito, com golos e assistências, nos triunfos sobre o Marítimo (nona jornada) e o Famalicão (25.ª jornada).
No dérbi concelhio, somou o sétimo remate certeiro (cinco no campeonato) e ultrapassou os seis golos apontados na época passada, sendo este o seu melhor registo de sempre como sénior. Semelhante momento foi saudado "do outro lado do mundo" por Davidson, atualmente ao serviço do Wuhan Three Towns (China). "Como te ensinei, Rochinha", escreveu, "em jeito de brincadeira", o jogador brasileiro nas redes sociais.
Mais a sério, Davidson admitiu a O JOGO ter passado alguns truques preciosos ao ex-companheiro de equipa. "Dizia-lhe para ser frio, para ter calma no momento de finalizar. Aprendíamos uns com os outros, mas acho que o ajudei de alguma forma. Tornou-se um bom herdeiro", avaliou, dando conta de uma adaptação parcialmente difícil à ala esquerda do ataque. "Chegou a desabafar que não estava rotinado a essa posição. Só que ele é um jogador muito inteligente e técnico e acabou por habituar-se. É o tipo de jogador que nunca desiste. Trabalha sempre para evoluir e tem-se notado isso. Por vezes até parece um segundo avançado quando resolve aparecer nas zonas interiores do terreno de jogo, vindo precisamente da esquerda", referiu.
Tais diagonais, segundo Davidson, ajudam até a perceber a pontaria crescente de Rochinha. "Como joga preferencialmente com o pé direito, sai mais vezes em drible para passar ou chutar. Quando jogava pela direita, tinha o reflexo de cruzar para a área", explicou o ex-jogador vitoriano, nada surpreendido com o estatuto de capitão de Rochinha. "Não é de falar muito, mas fala sempre bem. É um tipo excelente, muito trabalhador: um exemplo para todos", apreciou.