A saída Rui Duarte do comando técnico do Trofense é a sétima da temporada, número que supera as seis registadas na última época, considerando o mesmo período.
Corpo do artigo
O atual ritmo das saídas de treinadores na Liga SABSEG, as famosas chicotadas psicológicas, já ultrapassou o registado na época anterior, que culminou com um total de 17 despedimentos.
Com a saída de Rui Duarte do comando do Trofense, oficializada na sexta-feira, - Francisco Chaló foi anunciado este sábao (ver caixa) - o técnico será a sétima mudança da temporada, mais uma do que o registado à entrada para a 12.ª jornada em 2020/21, quando "apenas" seis treinadores tinham recebido guia de marcha por parte dos seus clubes.
Na presente época, Vilafranquense, Farense, Estrela da Amadora, Covilhã, Nacional, Académica e Trofense são os clubes que já trocaram de treinador, não contabilizando, nos caso dos madeirenses, a saída de Sérgio Vieira no início da época, uma vez que a mesma se deveu a motivos pessoais e em nada teve que ver com os resultados da equipa.
Alargando a avaliação desta prática à última década, o efeito das mudanças não parece assim tão evidente, uma conclusão retirada pelo destino dos clubes, não só porque a esmagadora maioria dos que as tentaram falharam a permanência na competição, mas também pela residual regularidade com que essa estratégia foi adotada por emblemas que ascenderam à Liga Bwin.
Mesmo tirando das contas a troca de Sérgio Vieira por Costinha no Nacional, porque a época ainda não tinha arrancado, à entrada da 12.ª jornada esta temporada apresenta mais saídas dos bancos
Importa ressalvar, contudo, que são tantos a mudar que nem todos se podem salvar. Dos 28 emblemas que terminaram em posições de descida na Liga SABSEG aos longo das últimas dez temporadas, 25 efetuaram, no mínimo, uma troca técnica, com o Marítimo B, em 2013/14, o Sporting B, em 2017/18, e o V. Guimarães B, na época seguinte, a serem as únicas exceções (mal sucedidas na mesma...) a esta tendência.
Por outro lado, dos 23 clubes que garantiram a subida à I Liga desde 2011/12, apenas seis optaram por uma mudança técnica no decorrer do campeonato. Refira-se ainda que o último clube que garantiu a subida ao principal escalão numa época em que trocou de treinador foi o Feirense, vice-campeão na temporada 2015/16, fazendo quase toda a campanha com Pepa ao leme e completando os últimos nove jogos do calendário, sob o comando de José Mota.