Discussão sobre a tecnologia na II Liga abriu troca de palavras entre vila-condenses e flavienses. Nos Arcos apela-se à memória do Chaves. Dirigentes vila-condenses optaram por não responder a Francisco Carvalho, presidente da SAD do Chaves, mas é certo que a questão do VAR há muito que está na agenda do Rio Ave.
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Rio Ave e Chaves defrontam-se apenas na última jornada do campeonato, na qual vão decidir, juntamente com o Casa Pia, quem sobe diretamente à Liga Bwin, sendo que, antes disso, vão jogar contra Covilhã (fora) e Estrela da Amadora (casa), respetivamente, mas o duelo entre vila-condenses e flavienses já está ao rubro fora das quatro linhas a duas semanas de acontecer.
A troca de galhardetes surgiu após a polémica grande penalidade que deu a vitória ao Chaves em Faro, por 2-1, nos descontos, nesta jornada, levando a que o treinador do Rio Ave, Luís Freire, voltasse a pedir VAR para as duas últimas jornadas da Liga SABSEG, frisando que "é uma vergonha" que o segundo escalão profissional, ao contrário da Liga 3, não tenha, nesta fase decisiva, um mecanismo que pode garantir a verdade desportiva na luta pela subida.
Perante a reação de Francisco Carvalho, presidente da SAD do Chaves, que lamentou, em declarações a O JOGO, o facto de as queixas do Rio Ave surgirem apenas "nesta altura" com o objetivo de "pressionar as arbitragens para as duas jornadas que faltam disputar", além de ter elencado erros que, com o VAR, defende, dariam mais cinco pontos aos transmontanos, a cúpula diretiva dos vila-condenses optou por não responder, ainda que, fonte do clube, tenha dito que as declarações foram recebidas com "surpresa e humor".
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Não só porque o Rio Ave entende que, partindo dessa teoria apresentada pelo presidente do Chaves, os erros de arbitragem lhe terão subtraído oito pontos de forma direta, nos jogos com Feirense, Viseu, Mafra e Varzim, como, principalmente, por terem alertado para a problemática ao longo da época.
"Já expus a questão do VAR à Liga, na reunião de treinadores, e falei disso há dez jogos, porque já sei como são estas decisões no fim e os erros pagam-se muito caro", afirmou Luís Freire após a vitória sobre o Casa Pia, repetindo, no fundo, as preocupações que os dirigentes do Rio Ave manifestaram, noutras ocasiões e em diferentes instâncias, durante a época.