Ricardo Soares avisa: "O Paços de Ferreira está a fazer um campeonato extraordinário"
Treinador do Gil Vicente fez a antevisão ao jogo com o Paços de Ferreira, marcado para terça-feira.
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O treinador Ricardo Soares afirmou esta segunda-feira que o Gil Vicente quer transformar a "infelicidade em revolta positiva", para vencer o Paços de Ferreira na terça-feira, no jogo que encerra a 16.ª jornada da I Liga.
Com os barcelenses na penúltima posição, com 13 pontos, após três desaires seguidos - Farense (3-1), Marítimo (1-0) e Braga (1-0) -, o técnico quer inverter a maré negativa, mostrando-se convicto de que os seus jogadores têm "qualidade" e "vontade" para pontuar frente ao sexto classificado, com 28 pontos, que vive um ciclo oposto - venceu os últimos quatro jogos na I Liga.
"Estou confiante. Sabemos a qualidade da equipa e dos jogadores. Estamos numa posição em que não queremos estar. Vamos entrar para vencer, com uma ambição enorme. Temos tido alguma infelicidade, que nos tem retirado pontos. Vamos pegar nessa infelicidade e transformá-la em revolta positiva", realçou, na conferência de antevisão ao desafio, agendado para as 20h15, em Barcelos.
O treinador gilista reconheceu que só é possível escapar à cauda da tabela com vitórias, mesmo sabendo que o Paços de Ferreira está a "fazer um campeonato extraordinário", com um treinador - Pepa - a fazer "um ótimo trabalho" e jogadores com "muito compromisso".
Para Ricardo Soares, os castores distinguem-se pela capacidade de entenderem "muito bem os vários momentos do jogo", com jogadores capazes de "pressão alta" num momento e de jogarem em "bloco baixo passados dois ou três minutos", com "coesão defensiva".
O técnico realçou, contudo, que os seus pupilos estão "preparados" para a valia do adversário, até porque o meio campo, reforçado em janeiro com Pedrinho, oriundo do Riga FC, é capaz de se moldar à "estratégia para cada jogo" e possui jogadores polivalentes, como Claude Gonçalves, médio com dois golos marcados em 19 jogos na presente época.
"Podemos pegar no Claude e puxá-lo mais para trás, porque conhece todos os momentos do jogo. Tanto pode jogar a seis [médio defensivo], a oito [médio centro] e a 10 [médio ofensivo]. Se o pusesse a lateral, na direita, era capaz de ter uma eficácia tremenda", disse.
Questionado sobre a saída do treinador João Pedro Sousa, do Famalicão, oficializada no domingo, Ricardo Soares lamentou as decisões, colocando-se na "pele' do "colega de trabalho", num "ano atípico", no qual os casos de infeção pelo novo coronavírus podem forçar as equipas a mudarem regularmente de dinâmicas e a frequência de jogos tem sido maior.
"Têm-se jogado imensos jogos seguidos. As equipas estão a jogar de três em três dias, de quatro em quatro. Temos sempre de recuperar e jogar. Há pouco tempo para implementarmos as nossas ideias", sublinhou o treinador, que, na presente época, treinou o Moreirense antes de rumar a Barcelos.