Declarações de Ricardo Paiva, treinador do Boavista, após a derrota caseira, por 1-4, frente ao Portimonense, na 19.ª jornada da I Liga
Corpo do artigo
Análise ao jogo: “Na primeira parte, faltou a atitude, determinação e concentração que nos caracterizam e que nos têm acompanhado nos últimos jogos. Ao encarar uma equipa como o Portimonense, sabíamos que corríamos sérios riscos se não fôssemos fortes na reação à perda da bola e nos duelos e se houvesse erros de ligação. Chegámos à baliza adversária nos primeiros 10/15 minutos e tivemos alguma serenidade nos momentos ofensivos, ainda que numa velocidade abaixo daquela que é normal, mas esse relaxamento acabaria por nos remeter para um período de 20 minutos, que foi muito mau e que se traduziu em três golos sofridos. Isso, de alguma forma, marcou este duelo. A partir daí, começámos aos poucos a ir atrás da nossa identidade. Ajustámos coisas ao intervalo e fomos claramente superiores no segundo tempo, mas isso nada rendeu. Julgo que até poderíamos estar aqui mais duas ou três horas e a bola acabava por não entrar."
Adeptos descontentes: "É compreensível que os adeptos estejam frustrados. Nós também estamos. A questão da pressão e do favoritismo acaba por se remeter para as quatro linhas. Quando não somos capazes de traduzir as nossas intenções e trabalho em atitude, acabamos por pagar uma fatura muito alta e longe daquela que estaríamos a pensar que pudesse suceder no pior cenário. Estamos obrigados a retificar essa atitude para que, no próximo duelo em casa, consigamos dar uma resposta à altura e de acordo com aquilo que os adeptos merecem."
Eventual despedida de Bozenik no final do jogo: "Ele teve uma série de ocasiões, mas acabou por não dar continuidade à produtividade dos últimos tempos. Em relação à despedida, não reparei nem vi. Não é o momento para falar das questões de mercado."