Ricardo Oliveira para Varandas: "Eu não discuto joelhos, não é a minha área. Finanças não é a sua"
Declarações de Ricardo Oliveira no único frente a frente antes das eleições do Sporting, marcadas para 5 de março
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Sem promessas: "Não venho aqui fazer promessas. Você não sabe. Risco financeiro e negócios tem de que ver com credibilidade. Não tenho ninguém que vem acenar com 200 milhões, disse entre 150 e 200, e já viram as contas e acredito que estão certas. Se calhar a si não emprestam, em mim confiam. Eu não discuto consigo joelhos, não é a minha área, finanças não é a sua. [...] Não quero vir aqui fazer terra queimada, temos de aproveitar o que de bom foi feito, mas não quero só falar de futebol. Há muito por fazer, não defendo cortar nas despesas, mas aumentar receitas. Quero um balão de oxigénio para os treinadores terem capacidade financeira de competir com equipas lá de fora. Porque hoje não têm."
Duas falhas: ""Temos um Sporting vencedor, campeão e não aconteceram duas coisas. Tem na missão da sua candidatura unir o Sporting, mas acho que falhou, continua dividido. Disse que temos de confiar que vai resolver assunto das VMOCS, mas recordo que disse que iria resolver no mandato anterior".
O lado financeiro: "Não estou a chamá-lo mentiroso, acho é que não domina a matéria. Antecipação de receitas, contrato termina em 2028, os dois anos anteriores não vamos ter receitas. Ou seja, o Sporting vai receber dinheiro pela última vez em julho de 2025, início da época seguinte. Temos de comprar VMOC's imediatamente e temos de ter quem nos empreste dinheiro. Vou apresentar antes das eleições esses investidores. Não queremos queixas de incumprimentos de pagamentos,. Quero resolver isso".
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Pedido de calma: "Quero pedir um pouco mais de calma aos meus colegas candidatos, somos todos sportinguistas e temos de dar-nos bem. Não tenho, como Varandas, a ideia de gostar mais de uns que de outros. Serei presidente de todos os sportinguistas.Quero dizer ao Frederico que os números que apresentou não estão nos relatórios e contas. Não tomou bem as suas notas, mencionou vários jogadores, mas eu não falei dos dois últimos anos, falei dos primeiros. Falo do Doumbia, Ilori, Rosier, Camacho, Borja, etc. Bateu recorde de custos. Na última AG da SAD perguntei como estava a antecipação de receitas e responderam bem mais de dois anos. Se mudou, não sou obrigado a adivinhar. Último R&C apresentado por auditores não reflete isso. Sejamos sérios."
Empatia: "Sócios e adeptos têm grande empatia pela equipa de futebol e treinador. O resumo do mandato não pode resumir-se a isso que se passou no estádio com o Manchester City. Avalio o mandato não só no futebol. Várias coisas não foram feitas. Os dois primeiros anos? Financeiramente um desastre, é o que dizem os relatórios. Depois vem um treinador, Rúben Amorim... Antes do Covid. não esqueçamos as manifestações de desagrado com os dois primeiros anos. Chegou um excelente treinador, comunicador, gestor que deu a volta a isto e conseguiu conquistar o campeonato que fugia há 19 anos. Mas vou bater novamente nos maiores defeitos. Canabilização das receitas antecipadas, transações comprados acima real valor e vendidos abaixo. Não conheço soluções concretas para problemas, nomeadamente VMOCs no final do novo mandato. A minha lista é a única com uma solução concreta viável e credível para os problema imediatos e investir mais à frente para continuar a crescer e ser uma referêcnia em Portugal e internacionalmente, não apenas no futebol".
Candidatura: "Não me candidato contra ninguém, mas porque acredito ter um projeto vencedor e por preocupações com atual rumo. Acho que tenho solução imediata para um Sporting unido no futuro, sustentável e que se livre dos perigos que estão à sua volta".
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