Ricardo Horta afina a orquestra: capitão deve "liderar" mudanças e regressar à titularidade do Braga
Reencontra o Estoril, adversário a quem marcou o seu último golo da época, decisivo para erguer a Taça da Liga
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Contra o Estoril, Ricardo Horta será o cabeça de cartaz de diferentes mudanças que devem ser feitas por Rui Duarte, em razão do despiste caseiro com o Arouca. Paulo Oliveira, Borja ou até Vítor Carvalho podem vir a habitar um onze revolucionado. Já o criativo, capitão dos guerreiros, figura com ascendente e influência única na equipa, reencontrará o adversário contra o qual tem sido mais impiedoso, avistando a dezena de golos contra os canarinhos, depois de nove em 14 jogos, saga iniciada ainda em Setúbal. Ao Paços de Ferreira também fez a “prova dos nove”, mas em 17 embates.
Capitão defrontou o Estoril por 14 vezes e ganhou uma dezena. Os restantes quatro jogos acabaram empatados
Perante a sua vítima favorita, a quem marcou com assombrosa espetacularidade na final da Taça da Liga, em janeiro, decisivo, portanto, no troféu da época, Horta assumirá versão de comandante, prolongando e desfilando essa autoridade nas seis rondas finais do Campeonato, no que é o anseio de manter vivo o sonho do terceiro lugar e travar qualquer impacto agravado no orgulho guerreiro de uma ultrapassagem do V. Guimarães. A entrada de Horta é a alteração mais cristalina que se anuncia, suportada na assunção de outro requinte e capacidade definidora, a marcar ou assistir, bem como a devolver a matriz de saber entreter. Contra os da Linha, o extremo nunca perdeu: em 14 jogos só viu quatro acabarem empatados e o seu pecúlio deriva muito de duas goleadas por 6-0, bisando em cada uma.
O criativo tem o hábito de marcar ao Estoril, já o fez nove vezes, e será o cabeça de cartaz de mudanças mais abrangentes de Rui Duarte. Borja, Paulo Oliveira e Vítor Carvalho na linha da frente.
Mas é o último jogo que serve de referência, não falhando o teste de balística quando mais interessava, reforçando a reputação de homem-golo em cada final recheada com título do Braga. Foi, aliás, contra o Estoril que fez o seu último golo da época, seguiram-se seis jogos em branco e diversas ausências por lesão. Ricardo Horta tem seis finais para chegar aos seus números habituais por temporada, muito aquém do que fez entre 2019 e 2023, e já com mira nos cem tiros certeiros na I Liga (93) e nos 150 na carreira (143).