ENTREVISTA, PARTE II >> Vasco Matos esteve na porta de saída do Santa Clara a meio da época, após proposta do Botafogo, mas acabou por renovar com os açorianos. Treinador tem a “estrelinha”, segundo o plantel
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Vasco Matos esteve perto da saída, mas ficou e renovou. Foi um alívio para o plantel?
—Claro que sim. Porque é sempre difícil trocar de treinador a meio da época, ainda mais quando as coisas estão a correr bem. Depois, trocando, já sabíamos que as coisas iam mudar. Ficámos felizes por ele ter ficado. Por outro lado, sabemos que, para o treinador, [saída para o Botafogo] era uma boa oportunidade. Mas acho que, num momento, ele sentiu que podia fazer coisas ainda mais bonitas connosco. Por isso, ficámos muito felizes, claro. Ele também ficou feliz e, felizmente, as coisas deram certo para ele, para nós e para o clube.
Ele falou com vocês durante o processo?
—Sim, ele foi sempre falando, transmitindo aos capitães o que se estava a passar. A direção também teve o cuidado de falar connosco, para não destabilizar o grupo. Mas o nosso plantel, quando se trata disso, tenta não pensar muito e consegue estar focado no que importa, que é o jogo e o treino. Mas foram sempre mantendo a malta tranquila e, por isso, acho que não tivemos uma fase em que caímos por causa disso. Conseguimos sempre estar estáveis e focados.
Como foi trabalhar com Vasco Matos? O que lhe destaca?
—Nós gostamos de dizer que ele tem a estrelinha, tem a estrelinha de campeão, de vencer. Tem uma aura, sabe levar os jogadores. Sabe manter sempre os jogadores muito motivados, não deixa ninguém facilitar nem no treino, nem no jogo. Também tem uma relação com os jogadores fora do jogo ajuda muito mas darmos tudo em campo. Tenho a certeza que ele vai continuar a ter muito sucesso.
E dava muito nas orelhas ou não precisava?
—Dá [risos]. Mas não é um dar nas orelhas muito rude. É de forma positiva, para incentivar. Por acaso não levava muito, ele sabe a quem é que tem que dar. Há jogadores a quem tem de se dar, outros não é preciso. Por acaso não me lembro de ele me ter dado nas orelhas.