António Miguel Cardoso deu instruções para que treinador e jogadores ficassem em silêncio, percebendo a revolta que todos sentiam. Assim que o penálti foi assinalado e Borevkovic expulso, o dirigente abandonou a tribuna e foi para o túnel. Ignorou o árbitro Fábio Veríssimo e pretendia travar mais expulsões ou castigos.
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O V. Guimarães não cala a revolta provocada pelo trabalho do árbitro Fábio Veríssimo no dérbi contra o Braga, que ditou o afastamento da equipa vitoriana da Taça da Liga. “Não nos vamos vergar”, lê-se numa publicação do clube nas redes sociais que foi partilhada por alguns jogadores, como Nuno Santos, autor de um golo soberbo e que colocou a equipa em vantagem no encontro, e Borevkovic, que esteve no lance de toda a polémica.
A revolta dos vitorianos ficou bem expressa durante e depois do jogo. Mal o árbitro assinalou o penálti a favor do Braga e expulsou Borevkovic com a amostragem do segundo cartão, António Miguel Cardoso abandonou a tribuna presidencial para ver o resto do jogo no túnel, o que não terá caído bem a António salvador, tal como O JOGO escreveu a edição de ontem. Indiferente a isso, o presidente do V. Guimarães sentiu que era importante descer até ao relvado mal terminasse o jogo, com o objetivo confortar a equipa e amparar tanto o treinador Rui Borges como os jogadores, revoltados com a arbitragem. Sabendo que já não podia contar com Borevkovic para o dérbi de domingo, contra o Moreirense, e temendo que a situação se agravasse, tendo em conta que os ânimos estavam exaltados, o líder vitoriano assumiu a gestão do momento e decidiu de imediato que ninguém do plantel iria comparecer na zona de entrevistas rápidas e na conferência de imprensa, para não correrem o risco de dizerem algo que os pudesse penalizar disciplinarmente. Por isso mesmo, decidiu que seria ele a falar aos jornalistas e a dar a cara.
Apesar de serem raras as vezes que fala, sobretudo de arbitragem, António Miguel Cardoso entendeu que devia dar um murro na mesa por considerar que foi “um roubo”o que assistiu em Braga, isto depois de ter ignorado por completo Fábio Veríssimo no momento em que o árbitro se dirigia para os balneários.
Adeptos defendem abandono
Os adeptos do V. Guimarães partilham a indignação pela arbitragem de Veríssimo em Braga, acusando o árbitro de ter prejudicado gravemente a equipa. Através das redes sociais, nas oficiais do clube ou nos grupos de simpatizantes, multiplicaram-se os comentários de adeptos que defendem que a equipa deveria ter abandonado o terreno de jogo mal o árbitro da Associação de Futebol de Leiria assinalou a grande penalidade. As críticas estendem-se à Liga, ao presidente do organismo, Pedro Proença, e ao formato da competição.