FC Porto-Santa Clara será palco do reencontro de Diogo Costa, João Mário, Vitinha e Fábio Vieira com Mário Silva, técnico que os conduziu à conquista da Youth League, em 2018/19. Jogo de amanhã será o primeiro de Mário Silva no Dragão como treinador. Fernando Monteiro, antigo adjunto, antevê "alguma nostalgia", mas também um "sentimento de dever cumprido".
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O Estádio do Dragão será, na segunda-feira, palco do reencontro de Diogo Costa, João Mário, Vitinha e Fábio Vieira - e ainda de Gonçalo Borges e Francisco Meixedo - com Mário Silva, o treinador que, ao leme dos Sub-19 do FC Porto, conduziu o quarteto à glória europeia, com a conquista da Youth League de 2018/19.
Volvidos quase três anos, os "meninos" são agora homens da confiança de Conceição e, além de uma dose de nostalgia, é de esperar que a reunião seja "gratificante" para o técnico do Santa Clara, que, como treinador, defronta pela primeira vez o clube que representou.
"O Dragão diz muito ao Mário e estar com a malta que nos deu o título da Youth League será nostálgico. Também gratificante, porque estão num nível muito alto. A sensação é de dever cumprido", afiança, a O JOGO, Fernando Monteiro, ex-adjunto de Mário Silva na formação azul e branca.
Sem esquecer "os outros técnicos", o agora treinador de guarda-redes da U. Leiria lembra o "papel preponderante" do amigo no crescimento das pérolas portistas.
"Aquela época foi uma espécie de clique final para eles. Foi com o Mário que, além da Youth League, alcançaram um título nacional de juniores, que lhes deu maior visibilidade. Os jogadores podem ser muito bons na formação, mas são vistos de outra forma quando ganham títulos. Mais tarde, o míster Conceição viu neles capacidade para vingarem na equipa principal. Um salto gigante", assinala Fernando Monteiro, ressalvando que a "qualidade e predisposição dos miúdos" facilitou o trabalho de Mário Silva.
"A juntar a isso, o Mário sempre foi um líder competente e nem precisou de dar muitos puxões de orelhas. É um motivador por natureza", conta, bem-disposto.
Amanhã, mestre e aprendizes estarão em lados opostos, mas a ligação, vinca Fernando Monteiro, é eterna. "Juntos, vivemos um ano memorável. Todos os que fizeram parte daquelas conquistas sentem um orgulho enorme ao ver o que o Diogo, o João, o Vitinha e o Fábio têm alcançado. A maior parte do trabalho é deles, claro, mas acabamos por sentir que também fazemos parte daquele sucesso", finaliza.
"Capitão" Diogo e Gonçalo Borges "a aprender"
Como treinador de guarda-redes e conhecedor das qualidades de Diogo Costa, Fernando Monteiro não ficou especialmente surpreendido com a titularidade na Seleção. A esse propósito, recordou o "comportamento exemplar" do 99 portista, que, há três épocas, já era traço característico.
"Não tinha a braçadeira, mas era um capitão em espírito e no balneário, pela confiança que transmitia", refere, destacando Diogo como o jogador que maior potencial de elite apresentava. "Aqui, puxo um bocadinho a brasa à minha sardinha. Foi quase sempre titular nas várias equipas da formação e já era unânime que que estávamos perante o melhor guarda-redes português da geração dele", acrescenta.
Ainda à procura de espaço no plantel principal está outro vencedor da Youth League: Gonçalo Borges, chamado aos treinos, mas, oficialmente, continua a integrar a equipa B. Fernando Monteiro reconhece "muito valor" ao extremo, mas refere que este ainda atravessa um processo de aprendizagem: "Está a crescer. As chamadas de Sérgio Conceição vão ajudá-lo a aprender e a perceber o que é preciso para estar na equipa A do FC Porto."