Conceição vai inventando soluções, mas lá atrás nem precisa, pois tem o único indiscutível que nunca se lesionou em ano e meio de Dragão. Também Óliver Torres conseguiu escapar aos problemas físicos, mas jogou menos de metade dos minutos de Filipe. A tendência para resistir a tudo já vem do ano de Nuno Espírito Santo.
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A exigência do futebol imposto por Sérgio Conceição tem feito algumas vítimas. Marega foi o último a lesionar-se, numa temporada ainda assim bem menos problemática do que a anterior, em que o FC Porto chegou a estar sem os dois laterais titulares ao mesmo tempo e foi até "obrigado" a promover à força Diogo Dalot, que depois tão boa conta deu do recado.
Com Conceição, Felipe está quase a chegar aos 80 jogos. Já se lesionou, mas recuperou sempre a tempo do desafio seguinte. De fora só por opção ou castigo.
Numa fase em que os principais problemas estão no ataque (também Aboubakar parou, embora neste caso com uma lesão ligamentar), é na defesa que o treinador se apoia como porto seguro. Nos centrais são raras as lesões. E entre os jogadores que integraram o plantel 2017/18 e o de 2018/19, há um que nunca torceu: Felipe.
O Xerife é o único dos titulares absolutos em ano e meio de Sérgio Conceição que nunca parou por lesão. O brasileiro ri-se com o rótulo de "vale-tudo", mas bem pode dizer-se que é um jogador à prova de tudo. Além de Felipe, que já em 2016/17, antes de Conceição chegar, tinha uma resistência física acima da média, também Óliver Torres tem aguentado sem qualquer lesão.
Com uma diferença, bem grande por sinal. É que o central vai em 34 jogos nesta temporada, contra 44 que disputou em 2017/18. Ao todo são 78 desafios a alto nível, num total de 7004 minutos, bem mais do que os que os 55 jogos disputados pelo médio espanhol, muitos deles a sair antes do fim ou a saltar do banco. Em matéria de minutos, são 3154. Comparado com Felipe, até parece fácil...
Mais azarados foram Soares e Otávio
Entre aqueles que mais tempo pararam estão Soares e Otávio. Marega vai na segunda paragem, mas os dois brasileiros já contam com três cada um, ainda que uma delas de poucos jogos perdidos. Curiosamente, são eles que estão na linha da frente nos dois próximos jogos do FC Porto.
Tiquinho é o ponta de lança que resta e tem a seu cargo a responsabilidade de fazer golos. Otávio, que nesta temporada rende como ninguém a partir do banco de suplentes, deve assumir o lugar de Corona à direita no jogo em Roma.