
Francesco Farioli
Miguel Pereira
Confira tudo o que disse Francesco Farioli na conferência de imprensa de antevisão ao Red Bull Salzburgo-FC Porto, jogo marcado para quinta-feira (20h00) e relativo à primeira jornada da fase de liga da Liga Europa
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Que desafios espera do Salzburgo em relação aos adversários que já defrontou da I Liga: "Há semelhanças, de certeza. Vendo em profundidade o Salzburgo é uma equipa com identidade, gosta de pressionar alto, em diferentes cenários, procura a verticalidade, gosta de duelos... É um jogo que apresenta dificuldades e desafios. Em algum momento teremos de lutar como eles querem e noutros aproximar o jogo daquilo que nós queremos. Teremos de ser inteligentes a gerir esses momentos."
O Salzburgo não venceu nos últimos três jogos e quer mudar. Pode haver algo inesperado? "No futebol há momentos não positivos, as coisas podem mudar rápido. Não é algo que nos faça estar mais relaxados, não, termos de estar ainda mais vigilantes e no nosso melhor. Descer o nível, é algo contra o que lutamos. Amanhã vamos estar prontos para isso. Eles serão mais agressivos e vão começar fortes."
O FC Porto é candidato a vencer esta prova? "Para nós é muito simples. Temos dois livros na mesa, o da I Liga que está fechado por umas horas, e este que está aberto há dois ou três dias com muita atenção e dedicação. Com o mesmo nível de detalhe, de desejo, para começar na direção certa nesta competição. Queremos tornar esta estrada o mais longa possível. Porto está numa ponta e Istambul [a final da Liga Europa disputa-se no estádio do Besiktas, em istambul] está na outra ponta, podem ver quantos passos temos de dar para chegar a Istambul."
O relvado preocupa? Em que estado está? "Para mim não é uma desculpa, é um facto. Temos de jogar num relvado que não está de todo ao nível desejado numa noite europeia. Há muitas regras, às vezes fala-se de detalhes como as cores das meias, mas não podemos ter um relvado nestas condições. Há jogadores que fazem mais de 50 jogos e estes campos não ajudam, expõem os jogadores a riscos desnecessários."
É possível mudar o onze pelo calendário mais apertado nestas semanas? "Vamos encarar cada jogo um a um, é como eu gosto e como costumo funcionar. Tento maximizar a possibilidade de vencer, respeitando a competição. É um privilégio jogar na Europa. Acredito veementemente na força do grupo. Não é um problema. Quem jogou pouco apareceu e cumpriu com boas performances. Agora vamos ter vários jogos nas próximas semanas, um calendário apertado. Terão oportunidade de mostrar. Temos de transferir a intensidade do treino para os jogos."
Sobre o histórico das viagens à Áustria: "É uma coincidência, vamos ver se é mais que isso. Há sempre dados interessantes. Um que partilhei com os jogadores esta manhã, de 16 jogos na Liga Europa só com duas vitórias fora nos últimos 13 anos, é algo que se tem de mudar na nossa cabeça e na forma de encarar estes jogos. Temos de encarar isso, temos de nos focar no passo à nossa frente, um grande clube com tradição que merece o nosso respeito e atenção."
A renovação de Diogo Costa: "Tomei a permissão de avançar, como treinador, e o Diogo Costa sabe... é lógico que tendo um dos melhores guarda-redes do mundo na tua equipa, é um privilégio do ponto de vista técnico, mas também ele estar no clube e no grupo. É exemplar, um exemplo em tudo o que faz. É realmente especial. Espero que o presidente faça uma boa negociação e o contrato seja realmente longo."
É importante fazer história para si? "Para nós é importante o presente, os resultados estão à volta da cidade. Temos de nos alimentar com o nosso trabalho, desejo, paixão, e somos sortudos porque nos dão de volta com o seu apoio. Os resultados estão a ser bons, as performances OK, mas há muito trabalho a ser feito. Eu e a minha equipa técnica estamos cientes que temos ainda de melhorar, a consistência ainda não se vê nos 90', com o Rio Ave houve bons momentos e outros de blackout que não podemos ter. Não podemos cair amanhã nesse tipo de armadilha."
Evolução clínica de Martim, Varela e Alberto? "Boas notícias, estão todos a voltar. Há alguns com mais semanas. O Alberto começou há alguns dias, temos de considerar ainda amanhã se fará parte do jogo. Com o Martim está a melhorar, estamos a supervisionar com o departamento médico. Tentaremos tomar a melhor decisão possível."
Livres diretos e mais surpresas: "Há uma parte que tentamos levar sempre algo novo para os jogos, por outra parte queremos sempre ser melhores. Há cenários diferentes, tipos de pressão diferentes. Temos a oportunidade de explorar o livro, trata-se de continuar a ir em frente. Tenho a sorte de ter um grupo muito recetivo e que trabalha num calendário apertado."

