Makuszewski é o único elemento que chegou no mercado de inverno a merecer um lugar no onze.
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A mudança de ano alterou também o paradigma que vigorou em Setúbal durante a primeira volta. Depois de rotulada como a equipa-sensação, chegando-se, inclusivamente, a falar-se de Europa nos corredores do Bonfim, a equipa estagnou na tabela, não logrando sequer assegurar ainda o objetivo da permanência. Quim Machado perdeu duas das referências da equipa: o atacante Suk mudou-se para o Dragão, ele que tinha 11 golos em jogos oficiais, e o central Rúben Semedo foi resgatado por Jorge Jesus. Duas baixas colmatadas com quatro reforços no mercado de inverno, mas as alternativas teimam em não vingar e justificar as suas contratações, com honrosa exceção para o polaco
Makuszewski, ainda que o médio não tenha cumprido 90 minutos em nenhum dos sete jogos em que participou. Com o polaco também viajou o central Tiago Valente, ambos a pedido de Quim Machado, que os treinou no Lechia Gdansk, por onde teve uma passagem efémera e sem sucesso. A experiência do atleta de 30 anos foi aproveitada de imediato, no intuito de apagar da memória coletiva a saída de Rúben Semedo. E o transmontano de Macedo de Cavaleiros até pegou de estaca, só que foi expulso no segundo jogo em que alinhou e já não foi opção no último embate, na receção ao FC Porto, com a aposta a recair em Miguel Lourenço, formado em casa.
Mais difícil parece ser preencher a lacuna provocada pela transferência de Suk. Meyong regressou ao Bonfim após três anos em Angola, mas o camaronês apenas soma 110 minutos, distribuídos por quatro jogos (com zero golos), enquanto Cissé, emprestado pelo Sporting, tem sido mais utilizado - 358 minutos e um golo -, mas Hassan vem-lhe roubando espaço e minutos.