Antonio Adán prepara-se para um novo desafio após ter deixado o Sporting e aponta o central português ao topo do futebol europeu
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Após ter terminado um percurso de quatro épocas no Sporting no final da época passada, Antonio Adán ainda não encontrou um novo desafio, mas nem por isso tem deixado de passar tempo no relvado.
Em entrevista ao portal Relevo, o experiente guarda-redes espanhol, de 37 anos, que passou pelo Atlético de Madrid, Bétis, Cagliari e Real Madrid antes de chegar aos leões, explicou que não é por ainda não ter assinado por um clube que tem tido falta de propostas.
“Digo sempre que fisicamente creio estar melhor do que nunca, porque estou a treinar mais do que nunca. Estou com um treino específico, pessoal e mantendo-me pronto para qualquer oportunidade que possa surgir nesta altura. Creio que o mais importante de tudo é estar bem fisicamente e preparado mentalmente para qualquer chamada. Chegar a esta situação não significa que ninguém se interessou em mim ou que não tenhamos tido inclusive ofertas para poder decidir, mas sim que não encontrámos ou que não chegou aquilo que falta para tomar a decisão de unir-me a esse projeto, principalmente no aspeto desportivo, mas também pensando noutras coisas, na estabilidade da família e em encontrar um sítio que também me motive”, explicou, falando sobre as suas prioridades nesta fase da sua carreira.
“Sendo sincero, nestes dias deixámos de lado uma situação que se tinha apresentado porque não nos satisfez, era fora da Europa. Esperemos que no próximo mercado [de janeiro] tenhamos algo que nos satisfaça para poder voltar a jogar”, revelou ainda.
Noutro tópico, Adán, que venceu dois campeonatos, uma Supertaça e duas Taças da Liga de leão ao peito, recusou falar em mágoa pela forma como saiu do Sporting, uma vez que, caso tivesse cumprido um certo número de jogos na época passada – fez 28 até se ter lesionado – teria acionado uma renovação automática no seu contrato, o que acabou por não acontecer.
“Gosto de ficar com o positivo. Creio que foi um projeto em que vinha para dois anos e no final fiquei quatro. Além disso, saí no último ano como campeão, consegui-lo com a trajetória que o clube trazia nos últimos anos não era fácil e prefiro ficar com isso. Obviamente que não duvido que, se não tivesse tido essa lesão, teria cumprido esse número de jogos e teria continuado mais um ano, mas bom, também entendo a parte do clube e do seu projeto e chegou o momento de separarmos os nossos caminhos e de procurar outra oportunidade”, comentou.
Destacando José Mourinho e Rúben Amorim como dois dos treinadores que mais o marcaram, para além de Fabio Capello, Quique Setién ou Manuel Pellegrini, Adán deixou ainda elogios para Gonçalo Inácio, apontando o central internacional português, associado no passado ao Real Madrid, ao topo do futebol mundial.
“Vejo-o como um grande futebolista e estou seguro de que acabará num dos chamados grandes da Europa, ou em campeonatos talvez mais importantes do que o português. Tem caraterísticas de jogador grande, de um jogador possivelmente do Real Madrid. Ainda é jovem, mas eu creio que tem demonstrado que tem esse potencial para chegar a esses clubes”, afiançou.