"Rafael Camacho é dos jogadores mais bem pagos do Sporting, é ilusório falar dele"
Declarações do treinador Filipe Martins na manhã desta sexta-feira, antes do treino do Casa Pia, em Pina Manique.
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Depois do 10º lugar na época passada, qual o objetivo para esta temporada? "O nosso objetivo principal é a permanência. Tentar que seja de uma forma tranquila e evitar sobressaltos. Mas é tentar consolidar o 10.º lugar que tivemos o ano passado e se conseguirmos melhorar, nada mais do que isso."
Já tem cinco reforços. Este é o plantel que idealizava ou ainda espera mais caras novas? "Mal seria se um treinador já tivesse a equipa que idealiza, somos uns eternos insatisfeitos, estou confiante nos jogadores que temos, mas temos noção que faltam chegar algumas peças para completar este puzzle e acreditamos que vai ser novamente uma equipa com muita qualidade e vai honrar os pergaminhos do Casa Pia e conseguir os objetivos propostos. Aqueles que chegaram trazem qualidade e vamos fazer uma equipa muito competente."
Mas também espera saídas? "Normal, o Casa Pia não é diferente de outros clubes. Uns têm de sair, outros têm de entrar. Faz parte da vida do plantel, nesse sentido pode haver jogadores que ainda possam ter de sair e é algo normal."
Gaizka Larrazabal é um dos reforços. O que pode acrescentar? "Para esclarecer aqui já uma situação. O Gaizka tem sido dito que é extremo, mas ele veio para disputar com o André Geraldes para jogar no lado direito da defesa. Apesar de ser um extremo de origem, acreditamos que se possa adaptar bem àquela posição e na frente temos três extremos, há possibilidade de poder entrar um quarto."
Está preparado para perder o Godwin e o Lelo? "Como treinador tenho de estar pronto e preparado para perder qualquer jogador. É óbvio que quero sempre ter os melhores, tenho de perceber que estou ao serviço de uma instituição e de um clube que tem de cumprir os compromissos e que tal como os outros tem de fazer vendas e ter receitas, estamos preparados para perder esses e outros jogadores que tenham mercado."
Fala-se no interesse no Rafael Camacho. É um jogador que gostava de ter no plantel? "Nesta altura, fala-se de muita gente, é completamente inacessível ao projeto do Casa Pia, um dos jogadores mais bem pagos do Sporting. É um jogador que conheço há muito tempo, que gostaríamos de ter, mas é ilusório falar do nome do Rafael Camacho."
Jogar em Rio Maior que impacto pode ter na época do Casa Pia? "Acima de tudo, temos de ficar imunes os jogadores, equipa técnica e staff. Estamos mentalizados para isso, não posso esconder que é incomodo para os adeptos que têm de despender um pouco mais de dinheiro para ver o jogo do clube que gostam. Mas acredito que vão fazer um sacrifício de ver o Casa Pia, como têm feito até agora. O facto de jogarmos em Rio Maior não vai ser desculpa e que seja breve o regresso a Pina Manique."
Já há alguma previsão quando será o regresso a Pina Manique? "Não sei responder a essa pergunta, nem me cabe a mim. Administração está a falar com a Direção do clube e estamos tranquilos."
Mas numa equipa que luta pela permanência jogar tão longe de casa pode ser uma desvantagem? "Não vejo isso como uma desvantagem, apenas a distância que nos pode dar menos apoio. Mas todos treinam num sítio e joga noutro. Vai ser mais incómodo do que jogar no Jamor, mas isso volto a dizer só tem de nos funcionar como gasolina para nos transcender e sermos cada vez mais forte. É nesse sentido que vamos encarar essa situação para sermos mais fortes e com mais espírito de sacrifício."