Marco Baixinho sente-se "em casa" no Paços de Ferreira, mas também pensa em jogar no estrangeiro para "fazer a vida". Portugal "é fixe", mas há países que "compensam muito mais", a nível financeiro
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A cumprir a sétima época no Paços de Ferreira, o capitão Marco Baixinho, 32 anos, já vestiu a camisola em 167 jogos oficiais, nos quais apontou uma dezena de golos.
O capitão de equipa mostra-se também otimista para a nova época, numa entrevista a O JOGO, publicada na íntegra na edição desta quarta-feira d' O JOGO, véspera da segunda mão da terceira pré-eliminatória da Conference League, na Irlanda do Norte, com o Larne. A confirmar-se a passagem ao play-off, o Paços de Ferreira terá pela o poderoso Tottenham (Inglaterra).
Está há sete anos no Paços de Ferreira. Que projetos ainda tem para a carreira?
- Gosto muito de estar aqui, já me sinto em casa, senão não estaria aqui há tanto tempo. Mas, é claro que, no timing certo, no final da época ou após mais uma temporada, gostava de ir para fora para poder receber um bocadinho mais a nível financeiro e fazer a minha vida de outra maneira. Portugal é bom, é fixe, mas vês outros jogadores a irem para fora e a fazerem as suas vidas. A nível financeiro, há países que compensam muito mais. Aqui, os jogos são sempre bons e o futebol é vivido ao máximo, a nível tático e técnico, além de termos o melhor em relação a estádios e a condições para treinar. Sinto-me bem em Portugal, mas a nível financeiro quero dar o salto. Se conseguisse conciliá-lo a nível financeiro e desportivo, ainda melhor, apesar de a idade já não estar muito a meu favor. Se pudesse aliar um campeonato competitivo à carteira, seria o ideal.
As subidas à área adversária renderam a Marco Baixinho dez golos em sete épocas com o Paços: cinco na I Liga, um na Taça de Portugal e quatro na II Liga
Aparece muitas vezes na área adversária a tentar o golo. Como se preparam esses lances?
- Nas bolas paradas e até nos lançamentos, nós, centrais, subimos sempre à área e temos um papel especial. É difícil fazermos golos, mas temos a noção que um central que os faça vale sempre muito dinheiro. Há sempre muito treino à volta desses lances, há sinais, e na época passada tínhamos batedores muito bons. Este ano, ainda estamos a tentar perceber melhor todo esse trabalho.
O Antunes ajuda bastante nesses lances...
- Sim. Ainda não o conheço bem, mas estamos a tentar que o batedor acerte com o nosso timing e a ver para que sítio ele bate melhor. Este trabalho tem de ser feito assim, aos poucos.