O avançado critica a falta de aposta em jovens nacionais, tanto no seu país como em Portugal. Pelo meio, elogia Simeone, técnico do Atlético de Madrid, por ter feito dele um "melhor futebolista"
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Raúl Jiménez vê a passagem para o Benfica como outra oportunidade para se afirmar na Europa. Autor de um dos golos do México no particular contra Trindade e Tobago (3-3) de ontem, o avançado das águias vê no novo clube um trampolim para cimentar lugar na sua seleção e estar no Mundial de 2018. "São tempos bons. Esta é a minha segunda oportunidade e quero que tudo seja perfeito, quero jogar muito e ser chamado muitas vezes à seleção. [Sair do Atlético?] Foi o risco que um jogador que quer sair da zona de conforto tem de correr para ir atrás de algo mais. Encarei a saída da melhor forma, pois aprendi muito com os meus companheiros e com o treinador [Diego Simeone], que me tornou melhor futebolista", afirmou ao jornal El Debate.
Mas é o presente e o futuro que entusiasmam o avançado de 24 anos, o qual já sonha ir à Rússia em 2018. "Quero ser o nove da seleção, mas ainda tenho um longo e sinuoso caminho a percorrer. São apenas 23 os jogadores que vão ao Mundial e tenho de continuar a fazer boas exibições. Se as coisas me correrem bem no Benfica, então continuarei a ser chamado à seleção", afirmou.
Jiménez realçou a importância de os clubes apostarem em jovens nacionais e não em estrangeiros, problema que, diz, é similar no seu país e em Portugal. "No México e no mundo é tudo igual. No Benfica há apenas seis portugueses [n.d.r são nove] e no FC Porto três ou quatro [são cinco]. Se, no futuro, quisermos pensar em fazer coisas grandes na seleção, precisamos dar mais oportunidades aos jovens", avisou.
Jiménez vê diferenças substanciais na forma de jogar no seu país e por cá: "Na Europa, o futebol é mais intenso, mais rápido. Os campos estão sempre molhados e isso ajuda a que o jogo seja mais veloz".