César Peixoto, treinador do Chaves, elogia as condições de trabalho dos transmontanos, tão boas ou melhores do que as do Nacional
Corpo do artigo
César Peixoto começou a presente temporada na Académica, de onde saiu à 10.ª jornada, 9 de novembro, após uma derrota caseira ante o Farense. A paragem foi breve, porque 43 dias depois estava de regresso aos bancos de futebol, agora em Trás-os-Montes, para receber o FC Porto B, e, apesar de a estreia não ter sido feliz, uma derrota 4-2, deixou água na boca aos adeptos transmontanos.
No presente vive uma paragem forçada e já quase tão longa como a primeira, pois já vai em 36 dias, e ainda não se vê luz ao fundo do túnel, tudo por causa de um inimigo microscópico e mortal, mas o técnico está confiante num regresso "em breve aos treinos e à competição".
"Lembro que o Chaves tem as mesmas ou melhores condições que o Nacional para regressar aos treinos no campo: temos quatro relvados, vários balneários, tudo próximo e praticamente sem outras pessoas a morarem na zona desportiva, o que nos resguardaria a todos, podendo os treinos ter ainda mais segurança com a tomada de outras medidas julgadas convenientes e necessárias, de acordo com as instruções das autoridades sanitárias e desde logo pelo nosso departamento médico", salienta o técnico do atual 12.º classificado.
NÃO SAIA DE CASA, LEIA O JOGO NO E-PAPER. CUIDE DE SI, CUIDE DE TODOS
Apesar dos cerca de 500 quilómetros de distância que separam Lisboa de Chaves, César Peixoto tem treinado diariamente com o seu grupo de trabalho, agora alargado para cerca de 40 jogadores, em virtude de terem sido agregados os jogadores da equipa-satélite, que disputam a Série A do Campeonato de Portugal: "Claro que treinar à distância não é a mesma coisa, mas eu e a minha equipa técnica temos treinado diariamente, com exceção dos domingos [no caso da Páscoa, a folga foi alargada a sábado]." As novas aplicações tecnológicas dão uma mãozinha:
"À hora habitual [10h30] reunimo-nos todos para treinar, recorrendo ao Zoom e WhatsApp, falamos, vemos e controlamos os treinos, observamos e corrigimos o que é necessário."
Para desanuviar, os jogadores aproveitam para conversar, fazendo o habitual convívio "com piadas, falando do treino e das suas consequências, do estado físico e anímico, e tudo o que considerarem interessante, mantendo assim o grupo unido e a par da situação de cada um, de molde a que, aquando do regresso à competição, e que todos anseiam que seja para breve, o grupo se apresente nas melhores condições físicas e mentais, apto para reiniciar o campeonato."